Tite, Daniel Alves e a vergonha alheia
"Não posso fazer julgamento não tendo todos os fatos e informações verdadeiras a respeito. Posso falar conceitualmente. Todo erro deve ser punido, conceitualmente. Mas não sou julgador e não tenho todos os fatos", disse Tite ao ser provocado pelo repórter Igor Siqueira, do UOL, a comentar sobre Daniel Alves, sobre quem um dia disse que "transcendia o futebol".
Não foi bem o treinador do Flamengo, professor de Educação Física e que, como tal, deveria dar exemplo.
Ao contrário, foi mal. Muito mal.
À platitude, Tite emendou: "Foi assim que eu fui educado pelo seu Agenor. Primeiro eu te ensino. Segundo: é punido para que aprenda".
Como Tite terá educado o filho Matheus, seu braço direito, que um dia aprovou comentário homofóbico do ex-voleibolista Mauricio Souza?
Tite poderia ter saído pela tangente, dizer que bastava a justa condenação pela Justiça espanhola, que ele preferia não pisar sobre quem está arruinado e preso, que quando o elogiava não poderia supor ser ele um estuprador e ponto.
Tite imagina que alguém acredita quando diz não ter todos os fatos?
Não se informou sobre alguém que lhe foi tão próximo?
Ora, Tite.
Francamente, dá aquele sentimento horroroso de vergonha alheia.
E se tivesse acontecido com Gabriele, sua filha? Ou com sua nora, Fernanda?
Como reagiria?
Sinto muito, Tite. De verdade.
O mundo do futebol enriquece e envilece.
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