Juca Kfouri

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Reportagem

Botafogo será o sétimo brasileiro na Libertadores em jogo dramático

O primeiro tempo de Bragantino e Botafogo foi um porre.

E de cerveja sem álcool.

O time da casa repetitivo na exploração de Helinho pela direita e o visitante repetitivo na intenção de não permitir que houvesse jogo, ao apostar no empate que o favorecia.

Aquilo quase de sempre nos times brasileiros: o torcedor que se dane.

O lance mais espetacular ficou a cargo de Tiquinho Soares que ao perceber o goleiro adiantado tentou encobri-lo de antes da intermediária para quase fazer um golaço.

Na verdade verdadeira o que se via eram dois times que nada têm a acrescentar à Libertadores como, em regra, não têm os demais times que disputam a fase classificatória para a de grupos.

Um festival de erros de passes em gramado que não os justifica e com Gatito Fernandez conseguindo ser amarelado por cera ainda nos 45 minutos iniciais.

No intervalo a vontade era a de pegar um livro e desligar a TV.

Mas a profissão impede tais arroubos de irritação.

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Restava, então, torcer por um mínimo de futebol no segundo tempo e o desafio estava posto mais para quem precisava vencer.

Caixinha que tirasse uma mágica em busca, ao menos, dos pênaltis, sempre atração para quem vê com neutralidade.

Havia também a expectativa de que Júnior Santos repetisse o que fez no Nilton Santos.

Aos 50 minutos, Damián Soares impediu uma clara oportunidade de gol e acabou expulso de campo em lançamento do goleiro Cleiton para Juninho Capixaba.

Mateo Ponte no lugar de Eduardo foi a providência de Fabio Matias.

Ramirez saiu e Laquintana entrou no Braga.

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Wilmar Róldan, o assoprador de apito colombiano, entrará na lista de John Textor?

Aí o jogo ficou melhor, com o Bragantino empilhando chances, o Botafogo se defendendo e ainda ameaçando em contra-ataques.

Hugo e Gregory em campo para substituir Danilo Barbosa e Savarino no Glorioso, aos 71.

Então, aos 75, Gatito lançou, Tiquinho deu de casquinha para Hugo dividir com Lucas Cunha, que caiu no tranco que levou, e o passe veio para Júnior Santos marcar sem grande esforço seu terceiro gol nos jogos contra o Bragantino: 1 a 0. O VAR confirmou o gol e Róldan saiu da lista de Textor.

Aí o Braga fez mais três trocas e o Botafogo se garantiu com Tchê Tchê e Janderson nos lugares de Júnior Santos, o libertador, e Tiquinho, o casquinhador.

Mas Talisson, um dos que vieram do banco no lugar de Sasha, meteu um golaço aos 86 para tornar o fim do jogo em drama Shakespeariano, com sete minutos de acréscimos.

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O goleiro Cleiton foi para o ataque e quase levou o 2 a 1, aos 91, em contra-ataque.

Aos 94, Gatito fez milagre em chute de Helinho à queima-roupa.

O Bragantino segue em sua toada: na hora de dar o passo para se afirmar, tropeça.

E o Botafogo vai para a Libertadores, único dos chamados 12 grandes que não tem o título.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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