Nota de repúdio da Ferroviária contra o assédio às mulheres
A Ferroviária SAF manifesta veementemente seu repúdio ao assédio sofrido pela Coordenadora do Departamento Médico e Fisioterapeuta, Ariane Patricia Falavinia dos Santos, durante o jogo entre Real Brasília e Ferroviária, pela segunda rodada do Brasileirão Feminino, no Estádio Ciro Machado (Defelê), em Brasília-DF, na última terça-feira (19).
É inaceitável que uma profissional em seu ambiente de trabalho seja alvo de violência por exercer suas funções.
O episódio ocorreu no momento em que a fisioterapeuta se deslocava dentro do campo e, ao se aproximar do grupo, membros uniformizados, não identificados do time adversário, começaram a fazer comentários indesejados sobre suas características físicas, constrangendo a profissional e em total desrespeito às mulheres.
A denúncia foi feita para a arbitragem pela própria Ariane e uma atleta que ouviu os insultos.
O clube tem como símbolo a 'Guerreira Grená' e seu escudo, que representam a luta contra a desigualdade, violência, racismo e repressão às mulheres brasileiras. Nos solidarizamos a Ariane (Nani), e reiteramos nosso compromisso com a segurança e o respeito aos profissionais do clube e do Futebol Feminino, cujo trabalho é fundamental para o desenvolvimento e a promoção da modalidade.
Ressaltamos a importância da colaboração entre clubes, federações, autoridades de segurança e imprensa para que sejam adotadas medidas efetivas a fim de prevenir e coibir episódios de violência. Repudiamos qualquer forma de agressão e apelamos para que as autoridades responsáveis tomem as devidas providências para identificar e punir de acordo com a lei.
Reiteramos ainda a importância de denunciar situações de assédio, importunação ou violência sofridas em qualquer ambiente, pois é através de denúncias que se torna possível coibir tais atos.
E tem mais:
O caso ocorreu no mesmo dia que foi publicada uma matéria com dados e relatos de assédio no futebol feminino, no site GE, pela jornalista Camila Alves. Leia AQUI.
A Ferroviária tem como responsabilidade assegurar a saúde física e mental de suas profissionais. Basta para o assédio.
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