Real Madrid e Manchester City cumprem com o que prometeram
Estamos acostumados a dizer que os primeiros 90 minutos de jogos de 180 são truncados e de estudos, porque importantes mesmo são os derradeiros.
Não foi o que se viu em Santiago Bernabéu.
Aos 40 segundos, o atacante inglês Grealish foi derrubado pelo zagueiro francês Tchouaméni.
A falta resultou em cartão amarelo, que suspende o madridista, e em gol do português Bernardo Silva, com a lastimável colaboração do goleiro ucraniano Lunin.
Dez minutos depois, aos 12, o francês Camavinga arriscou de fora da área, a bola, que iria para fora, desviou no português Rúben Dias e matou o goleiro alemão Ortega.
Dois gols lusitanos, um a favor outro contra os ingleses.
O belga Courtois fazia falta na meta espanhola, mas não se pode dizer que Ederson também fizesse.
No Manchester City falta faziam o inglês Walker, para duelar com Vinicius Junior e, principalmente, o belga Kevin De Bruyne, que virou desfalque de última hora ao sentir indisposição estomacal no vestiário, para deixar o norueguês Haaland órfão e dominado pelo alemão Rüdiger.
O empate acendeu o Real Madrid de vez e Vini Jr. deu passe precioso para a arrancada de Rodrygo até a área.
O ex-santista finalizou com arte e a bola novamente desvia, agora no suíço Akanji, para decretar a virada, 2 a 1, aos 14.
Tudo bem que não havia estudo algum, mas os dois times até exageravam, sem dar tempo para ninguém respirar, os torcedores, inclusive.
O espanhol Rodri, perdia pela primeira vez com a camisa do City desde fevereiro do ano passado, na véspera de completar 60 jogos sem derrotas, com 47 vitórias. Que hora!
Os merengues voltaram mais cautelosos no segundo tempo, para explorar a velocidade dos dois brasileiros em contra-ataques, ao dar mais a bola aos cidadãos. O que é sempre perigoso.
E aos 65, bola para lá, bola para cá, o inglês Phil Foden meteu a bola no ângulo e empatou 2 a 2, de fora da área.
Por minutos foi como se o Bernabéu estivesse amordaçado.
Newsletter
OLHAR APURADO
Uma curadoria diária com as opiniões dos colunistas do UOL sobre os principais assuntos do noticiário.
Quero receberAos 70, então, Gvardiol, o zagueiro croata acertou uma varada na bochecha da rede de fora da área e estabelecer a segunda virada do clássico: 3 a 2.
O croata Luka Modric e o espanhol Brahim Díaz foram as mexidas do italiano Carlo Ancelotti, nos lugares do alemão Tony Kroos e Rodrygo.
Sim, Rodri completava seu 60° jogo invicto. Expressionante!
Mas, aos 79, Vini virou o jogo da esquerda para direita e o uruguaio Valverde pegou de primeira, fez novo golaço e reabriu o jogaço, desses que cumpre o que prometeu com juros e correção monetária.
Bernabéu ressuscitou! E alto e bom som.
Vini saiu aos 85 e o veterano espanhol Joselu entrou, assim como o argentino Julián Álvarez no lugar de Foden, aos 86.
O feiticeiro Modric fazia mágicas dos dois lados do gramado e exigia atenção 100% dos azuis.
Haaland, em compensação, morria de saudades de De Bruyne e nunca mais se esquecerá de Rudiger.
Na quarta-feira que vem, em Manchester, mais 90 minutos imperdíveis.
Se os primeiros foram assim, imagine os últimos.
Deixe seu comentário