Juca Kfouri

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Reportagem

O Real Madrid gosta de tirar o doce da boca das crianças

Borussia Dortmund e Real Madrid disputaram 45 minutos de um time só em Wembley para decidir a Champions.

Normalmente, o complemento da frase seria a referência ao Real Madrid.

Hoje não foi.

Os alemães criaram três claras chances de gol contra rigorosamente nenhuma dos espanhóis.

Duas com Adeyemi e uma com Füllkrug, as três assombradas pela presença do gigante Courtois, em sua primeira participação nesta Champions, numa delas com o indispensável auxílio da trave.

No intervalo a sensação também era uma só: a de que Dortmund havia desperdiçado a chance de dobrar o poderoso Madrid.

Que logo apareceu aos 48 e 49 minutos, com Kroos batendo falta que o goleiro Kobel mandou a escanteio em grande defesa e com Carvajal cabeceando rente ao travessão a cobrança do escanteio pelo mesmo Kroos.

Nem por isso o BD se assustou, ao contrário, seguiu dominante, embora Carvajal, em jogada de Vinícius Júnior, tenha dado outro susto em Kobel, aos 56.

O torniquete amarelo, no entanto, forçava o time merengue a jogar nos contra-ataques.

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Aos 62, outra vez, Courtois apareceu bem em cabeçada de Füllkrug.

A dupla brasileira Vini&Rodrygo dava trabalho ao chegar à linha de fundo com mais frequência.

Já não era mais jogo de um time só, embora o RM estivesse ainda longe do esperado.

Mas, aquilo de sempre quando se trata do clube 14 vezes campeão europeu: se no primeiro tempo os madridistas deram uma certa impressão de salto alto, no segundo revelavam a maturidade, a experiência de quem está acostumado a subir montanhas com a camisa mais vitoriosa do Planeta Bola.

Aos 72, a primeira troca do jogo: saiu Adeyemi e entrou Marco Reus

A tempo de ver Carvajal fazer 1 a 0, de cabeça, em nova cobrança de escanteio por Kroos, pouco depois de Vini ter aplicado uma caneta no zagueiro Ryerson, em jogada espetacular na linha de fundo.

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Enfim, nada de novo sob o céu.

Aos 77, Bellingham foi travado na hora de fazer o 2 a 0.

Madrid tomou conta como se dissesse que havia deixado os alemães brincarem, mas que certos jogos distinguem as crianças dos adultos. E os madridistas são maldosos, adoram acabar com a brincadeira ou tirar doce da boca da criançada.

Kobel começou a fazer defesas sobre defesas, como se fosse Courtois.

Aos 82, não deu.

Grogues, os alemães erraram na saída de bola, a entregaram para Bellingham que a passou para Vini fazer o segundo gol: 2 a 0.

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O feiticeiro Luka Modric substituiu o alemão Toni Kroos e Joselu entrou no lugar do inglês Jude Bellingham.

Aos 89, Éder Militão entrou no lugar de Rodrygo.

A torcida espanhola cantava a Bola de Ouro para Vini.

Ou será dada ou os eleitores da escolha passarão atestado de racismo explícito e irrevogável.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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