Inter devolve o Corinthians à zona do rebaixamento
Aquele Corinthians que suou sangue em Itaquera no Majestoso não foi a Florianópolis enfrentar o esfacelado Inter.
Ao contrário, fez primeiro tempo em que não chutou nenhuma vez entre as traves e sofreu três momentos agudos dos colorados.
Aos três minutos, o ex-palmeirense Wesley experimentou de fora da área e Matheus Donelli fez boa defesa, ao mandar a escanteio.
Depois, Gustavo Henrique fez uma lambança e o argentino Alario fez 1 a 0, anulado pelo VAR depois de longos minutos por impedimento.
E, finalmente, aos 42, outra vez acertou um tirambaço para fazer justiça e 1 a 0 para o Inter.
Resultado: o Corinthians foi para o vestiário na zona do rebaixamento e considerado o fato que tanto Grêmio quanto Vitória que lhe fazem companhia têm jogos a menos, o time estava, virtualmente, em penúltimo lugar, à frente apenas do Fluminense.
E havia levado o 11º gol em dez jogos, com apenas sete assinalados.
O Inter, repita-se, esfacelado por lesões e convocações, chegava aos 14 pontos, sete a mais que o rival, e ao nono lugar.
O Corinthians voltou mais agressivo para o segundo tempo e o Inter mais cauteloso, mas vida paulista é dura, porque com laterais que atacam mal e defendem pior.
Enfim, o Corinthians fazia o goleiro reserva Fabrício trabalhar, mesmo que sem maiores dificuldades.
António Oliveira, coitado, olhou para o banco e ordenou: "Já que não tem tu, vamos de Bidu mesmo", e sacou Hugo, aos 20.
Não era nem seis por meia-dúzia, era seis por três mais três.
Já Eduardo Coudet lançou Aránguiz no lugar de Hyoran, aos 23.
O clássico virou algo difícil de definir, como tirar trator atolado em lamaçal, os colorados loucos pelo apito final e os alvinegros esmurrando ponta de faca.
Pedro Raul ainda entrou no lugar de Bidon e Alario saiu para Lucca Drummond jogar, além de Wesley trocado por Hugo Mallo, aos 33.
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Quero receberA sensação era a de que os dois times poderiam jogar mais dois dias e não aconteceria nada e, se acontecesse, seria novo gol gaúcho em contra-ataque, apesar de o Inter chamar o rival para seu campo.
Matheusinho saiu, Mosquito entrou aos 37, como Mercado e Bruno Gomes substituíram Bruno Henrique e Rômulo.
O jogo parava tanto que dez minutos de acréscimos não seriam surpresa.
Mas ficaram em oito minutos para 14 mil torcedores e viraram nove.
Se o Corinthians empatasse não seria injusto, mas para empatar é preciso fazer gols e fazer gols é coisa que o Alvinegro tem enorme dificuldade, tanto que não fez nenhum em sete dos dez jogos que disputou.
Pode isso, mitômano Augusto?
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