Na Euro, o futebol se exibe como a última fronteira da colonização
Filhos, netos e bisnetos da diáspora, craques afro-descendentes brilham em várias seleções, mas nem o olimpo da bola vence o racismo e a xenofobia
POR AYDANO ANDRÉ MOTTA
A cada quatro anos, a Europa, epicentro do planeta bola, promove sua competição de seleções. Acontece no verão, em estádios de sonho, construídos com recursos infinitos, dotados de toda a tecnologia, das instalações para atletas, técnicos e público, ao aparato das transmissões hollywoodianas. Do outro lado do muro da criminosa desigualdade econômica, o mundo, claro, se deixa hipnotizar por tanta opulência.
Mas a zilionária Euro também oferece oportunidade preciosa para constatar como o futebol se transformou na derradeira fronteira da colonização. O numeroso elenco de craques afro-descendentes embrulhados nos impecáveis uniformes das seleções europeias é mais um produto do massacre imposto às terras saqueadas pelos invasores estrangeiros ao longo dos séculos.
Não há exemplo mais contundente do que a seleção da França, uma das favoritas ao título. Nada menos do que 14 de seus 26 jogadores são filhos (netos, bisnetos) de africanos vítimas da diáspora. Nasceram e cresceram em meio a guerras ou nos guetos onde o país tenta exilar os imigrantes. Até o talento virar o jogo e levá-los ao olimpo esportivo.
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