O que se passa com a seleção argentina?
Os tricampeões mundiais tomaram um belo susto ontem e graças a Dibu Martínez seguem vivos na Copa América, em jogo no qual o Equador foi superior.
A verdade é que a Argentina não vem jogando bem desde a Copa do Mundo e tem escolhido adversários fracos nos amistosos como Panamá, Curaçau, Austrália, Indonésia, El Salvador, Costa Rica, o próprio Equador e a Guatemala.
Ganhou todos os oito, mas, nas Eliminatórias e na Copa América, jogos oficiais, embora também tenha vencido oito vezes, perdeu para o Uruguai (2 a 0) e empatou ontem.
Verdade que entre os oito triunfos há o contra a seleção brasileira em pleno Maracanã, mas, convenhamos, vencer o Brasil conta mais pela tradição que pelo futebol.
A Argentina tem relutado em se renovar, o que é ao mesmo tempo compreensível e perigoso.
Lionel Messi e Ángel Di María têm 37 e 36 anos respectivamente e já não competem como fizeram no Qatar, espécie de belíssimo canto dos cisnes de ambos.
Talvez a Copa América seja o último suspiro dos dois e se for com o título nada será mais merecido.
Pode também ser sem a taça e é o que parece mais provável, mesmo que ainda impressione como o time é confiante e põe a camisa para falar mais alto — que o digam os três pênaltis perdidos pelos equatorianos, um durante os 90 minutos e os outros dois no desempate.
Colômbia e Uruguai estão jogando melhor e principalmente os uruguaios não se intimidarão diante dos tricampeões.
Antes, é claro, como favoritos, terão de eliminar o Brasil.
Opinião
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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