Corinthians ganha vida em noite quase de morte
A Fiel, sofrida, compareceu toda animada em Itaquera para ver a estreia de Ramón Díaz, do goleiro Hugo Sousa e do volante Alex Santana.
Mas o que viu, logo aos 13 minutos, foi milagre de Hugo ao defender chute à queima-roupa de Barreto, em trama do ataque do Criciúma que envolveu a defesa.
Oito minutos depois a nova chance de gol foi outra vez do time catarinense, mas Matheuzinho furou na cara do gol.
Chance de gol mesmo o Corinthians só foi criar aos 30, quando Romero pôs Yuri para abrir o placar e ele chutou em cima do goleiro Gustavo.
Bola vai, bola vem, aos 41, Claudinho arriscou chute de fora da área, a bola desviou no calcanhar (adivinha de quem!) de Cacá e entrou no cantinho sem chance para Hugo: 1 a 0.
O intervalo chegou com clima de desalento em Itaquera.
Aos dois minutos do segundo tempo outra defesaça de Hugo evitou o segundo gol e, na cobrança do escanteio, uma cabeçada o obrigou a nova ótima defesa.
Ou seja, goleiro o Corinthians tinha, mas a defesa continuava a ser uma graça, além do ataque inexistente.
Todo de branco, o Criciúma parecia o Real Madrid CF.
Todo de preto, o Corinthians parecia a Funerária FC.
Havia dois Matheuzinhos em campo, um ótimo, do Criciúma, outro péssimo, do Corinthians.
Aos 8 minutos, Wesley deu para Hugo de calcanhar, o lateral cruzou e, de primeira (adivinha de quem!) Romero empatou 1 a 1.
Imediatamente Díaz tirou Wesley e pôs Igor Coronado.
Justo não era, mas não havia quase ninguém preocupado com justiça em Itaquera.
E, aos 16, Coronado cruzou na cabeça (adivinha de quem!) de Cacá para virar o jogo: 2 a 1.
Cacá parece ser melhor centroavante que zagueiro, terceiro gol dele no Brasileirão e quinto em 2024.
Se Ramón Díaz mostrou estrela ao botar Coronado, talvez deva pensar em trocar Cacá de posição.
Sustentar a terceira vitória era questão de vida ou morte e Félix Torres e Ryan entraram nos lugares de Matheuzinho e Rodrigo Garro, aos 33.
Eis aí uma possível solução: três zagueiros e Matheuzinho fora, embora o Corinthians mantivesse a linha de quatro, com Torres na lateral.
Logo Ramón Díaz chamou Fagner para o lugar de Romero, aos 39, diante de mais de 43 mil torcedores.
Aos 42, Fagner teve a bola roubada em saída podre e Vizeu quase empatou, em outra bola desviada que mataria Hugo.
Os cinco minutos de acréscimos seriam vividos como se em decisão de campeonato.
A isso o trio Andrés$Alves$Melo, o Triplo A, submete a Fiel.
Reportagem
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