Juca Kfouri

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Reportagem

Jogo do São Paulo só não foi pior que o gramado

Aos 32 minutos no pasto de Brasília, que o presidente da CBF deveria frequentar ao permitir que o Campeonato Brasileiro tenha jogos em estádios como Mané Garrincha, Castelão e Fonte Nova, entre outros, Gabriel, do Juventude, fez talvez a melhor defesa de 2024, em chute no ângulo de Luciano, do São Paulo.

Desviou a bola na trave e ainda protegeu o rebote com o peito para mandá-la a escanteio.

O primeiro tempo não teve muito mais que isso apesar de o São Paulo ter começado bem, mas sem sustentar e ainda tomar alguns sustos.

Sim, o óbvio: Alisson fazia muita falta e sua ausência será motivo de lamentação tricolor até o fim da temporada.

Difícil saber se era melhor para o São Paulo enfrentar o Juventude em Caxias do Sul, como deveria pela isonomia do campeonato, ou no terrível gramado da capital federal.

Em casa os gaúchos ganharam cinco jogos e empataram dois.

A torcida, é claro, era toda são-paulina.

Nem bem o segundo tempo havia começado e Luis Zubeldia levou cartão amarelo por reclamar de um lateral e, com oito cartões, está novamente suspenso.

De fato se há algo em que os treinadores estrangeiros não contribuíram para o futebol brasileiro é no quesito boa educação. Gente chiliquenta!

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Calleri também fazia falta e como nem André Silva nem Ferreira jogavam bem foram trocados por Juan e Rodrigo Nestor.

Jair Ventura, estreando com substituto de Roger Machado mexeu ao mesmo tempo, na metade do segundo tempo, com as entradas de Inocêncio e Oyama nos lugares de Alan Ruschel e Jadson.

O jogo fazia jus ao gramado: uma porcaria, também porque é impossível jogar bem em gramado pornografico.

E com contribuição dos buracos, Erick chutou de longe e Rafael miseravelmente aceitou, para dar saudades de Jandrei. Mas o VAR flagrou o braço de Erick em ação e anulou. O goleiro respirou.

Rato substituiu Luciano, Mandaca entrou no lugar de Jean Carlos e Ewerton no de Lucas Barbosa, aos 37.

O jogo seguia modorrento e o 0 a 0 ameaçava seguir no placar até o fim, para frustração da torcida presente e o São Paulo caía do G4 diante de mais de 26 mil torcedores.

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O Atlético Mineiiro levou 11 mil e o Flamengo 60, nos dois últimos jogos no Mané Garrincha.

Aos 42, Taliari mandou um foguete no travessão de Rafael e, aos 44, Rafinha e Bobadilla saíram para Galoppo e Ferraresi jogarem os sete minutos de acréscimos.

O jogo era péssimo, o gramado pior e o assoprador de apito não ficava atrás, tão confuso em sua atuação, apesar de ter apitado Copa do Mundo.

E prevaleceu o chavão: mais que o placar da pelada, o zero foi a nota do espetáculo.

Espetáculo?

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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