Juca Kfouri

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Reportagem

No duelo dos Mosqueteiros o empate estacionou os dois

O Corinthians adora sofrer gols no começo dos jogos e hoje não foi diferente.

Marcado por Garro, e não pelo lateral Hugo, Soteldo foi ao fundo e Rodrigo Ely cabeceou para fazer 1 a 0 para o Grêmio.

A partir do gol os anfitriões em Itaquera tomaram conta e o goleiro Marchesin teve de trabalhar duas vezes.

O Grêmio abdicou de atacar e numa cobrança de falta Garro pôs a bola na área, Kannemann puxou o braço de Romero, o assoprador de apito não marcou nada, mas o VAR chamou.

Aí, você sabe: quando o VAR chama, quase sempre, os assopradores concordam e se o favorecido for o time da casa então, é quase 100% de concordância.

Não deu outra. Yuri Alberto bateu o pênalti seis minutos depois e empatou 1 a 1.

Bobagem do zagueiro argentino em segurar o atacante paraguaio porque ele já deveria saber que o VAR brasileiro procura pelo em ovo. No caso, achou. O suficiente para derrubar o corintiano?

Prejudicado no ano passado em Itaquera quando um pênalti claro de Yuri Alberto ao cortar cruzamento de Ferreirinha, hoje no São Paulo.

Mas o Grêmio foi à frente como deveria ter feito depois do gol e criou perigo para Hugo Souza defender.

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O Corinthians criou uma oportunidade apenas, em grande passe de Garro para Yuri que a desperdiçou pela falta de domínio dos fundamentos do jogo.

E assim terminou o primeiro tempo, de dois gols e pouco futebol, embora com o Grêmio bem mais perigoso.

OK, está bem, você pode perguntar se alguém esperava mais de dois times da parte de baixo da tábua de classificação.

Ramón Díaz há de ter percebido que seu time era facilmente envolvido quando o Grêmio resolvia atacar.

Renato Portaluppi há de ter percebido que seu time envolvia facilmente o Corinthians quando resolvia atacar.

Marchesin foi para o vestiário cuspindo marimbondos ao dizer que a arbitragem era absurdamente contra o Grêmio.

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Que reclamasse do pênalti, vá lá, mas reclamou até de impedimento claro que invalidou gol gremista no fim dos 54 minutos iniciais.

O goleiro argentino exagerou, mas o intervalo foi bizarro, de 19 minutos para que fosse apresentado o novo patrocinador do Corinthians.

Depois que a Conmebol fez o que fez no intervalo de 27 minutos na final da Copa Sul-Americana parece que virou farra.

O empate não era bom para ninguém, apesar de ser melhor, quase sempre, para o visitante.

E o Grêmio voltou disposto a vencer, com Soteldo endiabrado, capaz de fazer gato e sapato da zaga alvinegra.

Mas, aos 11 minutos, Hugo chutou por cima a virada corintiana.

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Charles estreou no lugar de Matheuzinho e Gustavo Nunes substituiu Nathan, aos 12.

Em casa, o Corinthians jogava nos contra-ataques, em regra atrapalhados pelo esforçado, e estabanado, Yuri.

Ramón Díaz, excelente centroavante, deve ficar aborrecido ao ver Yuri, mas é o que ele tem.

Pepê e João Pedro nos lugares de Edenilson e Fábio, na metade do segundo tempo.

O Grêmio jogava melhor e o Corinthians trocou Romero, Yuri e Ryan por Wesley, Pedro Raul e Igor Coronado.

Mas, aos 30, Villasanti recebeu passe perfeito de Félix Torres, invadiu a área e chutou antes que Cacá dividisse para botar o Grêmio outra vez na frente.

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O Grêmio saía da ZR diante de 45 mil torcedores que insistem em apoiar o time que causa mais tristeza que alegria.

Du Queirós e Arezzo nos lugares de Cristaldo e Soteldo, enquanto o Corinthians trocava Raniele por Pedro Henrique, aos 38.

O Corinthians entrou no modo desespero, foi à frente e, ao receber de Wesley, Garro enfiou um chute de esquerda indefensável da entrada da área: golaço, para voltar a empatar: 2 a 2.

O Grêmio voltava à ZR, mas com dois jogos a menos.

Mosqueteiros paulistas e gaúchos sofriam nos acréscimos e um erro seria fatal.

O empate que seria melhor para o Grêmio acabou bom, pelas circunstâncias, para o Corinthians.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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