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Opinião

Olha pro bandeirinha, filha!

POR SÉRGIO ALVARENGA*

Iludir é muito cruel.

Criar uma expectativa, fazer a pessoa acreditar, sonhar, viver, fazer sorrir, e, depois, insensivelmente, tirar tudo isso é de uma arrogância feia. Pequena.

"Quem manda sou eu!". Ok, seu inseguro!

Ah... as pequenas autoridades...

Var, seu infeliz, você piora o futebol!

O var é a perversão dos que não gostam da alegria alheia. Uma forma do fracassado demonstrar poder.

O pior é que é usado "em nome da Justiça". Caramba! Que descaso com a ideia!

O símbolo dos olhos vendados tem significado: Independência.

O var, ao contrário, virou dependência. Dependência de uma necessidade de aparecer. Quem não tem talento pra ser protagonista arrumou um espaço.

Tempos de pessoas frouxas...

Li em algum lugar que os cartões amarelo e vermelho surgiram como uma forma de comunicação com o público. Baita ideia!

O bandeirinha - hoje, árbitro auxiliar - levantar o instrumento explica tudo. As pessoas que pagaram ingresso entendem. Na hora!

Recordo-me: Levei minha filha ao Pacaembu. O Corinthians fez um gol. O bandeirinha levantou. Falei:

- Não comemora. Olhe sempre o bandeirinha antes.

Ontem, olhei. Ele não levantou!

Eu me iludi. Acreditei. Sonhei. Vivi. Sorri.

Abracei umas 37 pessoas.

Um burocrata qualquer resolveu achar um tornozelo dois centímetros à frente.

Justiça? Sério?

Justiça é ser discreto!

Está dando desânimo ir ao estádio. O mocinho instável da cabine quer ser maior que o rapaz que está correndo lá embaixo.

Vamos aplaudir isso?

Meus abraços você não vai tirar, seu déspota!

*Sérgio Alvarenga é advogado, foi vice-presidente Juridico do Corinthians e odeia o VAR.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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