Juca Kfouri

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Fortaleza desbanca o Palmeiras e Cruzeiro é castigado pela ganância

O jogo certo no lugar errado começou em Cariacica com o mandante Cruzeiro disposto a derrotar o Fortaleza que estava à sua frente e tomar o terceiro lugar do Palmeiras.

Mas o time cearense é traiçoeiro, vertical e fulminante.

Limitava-se à defesa, aceitava o predomínio mineiro no Espírito Santo e, na sua primeira descida, aos 8 minutos, Marinho lançou Breno Lopes livre pela esquerda e o centroavante bateu cruzado para vencer o gigante Cássio: 1 a 0.

O Cruzeiro não se abalou.

Seguiu dominante até que Marinho se atrapalhou com a bola vinda de rebote de defesaça de João Ricardo e Matheus Pereira se aproveitou para bater com classe e empatar 1 a 1, aos 14.

Encolhido estava o time nordestino e encolhido permaneceu, contando com a segurança de seu goleiro chamado a intervir mais três vezes.

O jogo chegava aos 35 minutos quando Juan Vojvoda resolveu reforçar o meio de campo e trocou Pedro Henrique por Kervin Andrade.

Seis minutos depois Kervin tabelou com Bruno Pacheco, ele cruzou rasteiro e Renato Kayzer empurrou para dentro do gol, segunda finalização do Tricolor entre as traves, segundo gol: 2 a 1.

O Fortaleza chegava ao terceiro lugar, com um jogo a menos que o Palmeiras e que o líder Botafogo, dois pontos à frente do alviverde, apenas quatro atrás do alvinegro, assim como um atrás do Flamengo com o mesmo número de 20 jogos.

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E o Cruzeiro era castigado pelos deuses dos estádios por ter levado o jogo para longe do Mineirão, onde havia jogado oito vezes e vencido as oito vezes. Difícil acreditar que Ronaldo Fenômeno tenha feito bobagem tão fenomenal que, justiça seja feita, a nova direção tentou desfazer e não conseguiu. Ganância burra!

Fernando Seabra voltou para o segundo tempo com Wesley Gasolina no lugar de William, machucado.

Quem esperava forte pressão do Cruzeiro se enganou porque, bem armado, o Fortaleza não dava espaço e a torcida, diferentemente do que faria no Mineirão, limitava-se a ver o jogo.

Aos 14, Dineno no lugar de Kaio Jorge.

Mexidas pra lá, mexidas pra cá, o Fortaleza criava melhores oportunidades que o rival, perigoso nos contra-ataques e seguro na defesa.

A entrada de Moisés no lugar de Kayser era motivo para mais preocupação mineira.

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Só aos 33 minutos o Cruzeiro ameaçou e viu João Ricardo operar um milagre desnecessário, porque Matheus Pereira estava impedido. Mas que defesa!

O lance teve o efeito de acordar a torcida que passou a incentivar o Cruzeiro.

Diga-se que o Cruzeiro não jogava mal, mas o Fortaleza jogava melhor, mesmo sem o artilheiro Lucero.

Que os cruzeirenses desculpem, mas é muito bom ver o Fortaleza se firmar a cada ano como protagonista no futebol brasileiro, fruto de direção competente que dá passos certeiros do tamanho de suas pernas, cada vez maiores.

Louve-se o esforço do Cruzeiro, que mandou bola no travessão aos 50 minutos com Barreal, e debite-se a derrota na conta de Ronaldo, embora o Fortaleza tenha vencido até o Flamengo no Maracanã.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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