Juca Kfouri

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Reportagem

Brasileiras toureiam e sangram as campeãs mundiais espanholas

Não é que a seleção brasileira ganhou das campeãs mundiais e se classificou para jogar a final contra os EUA.

As pupilas de Arthur Elias mereceram golear as espanholas. E golearam.

Ganhou de presente da goleira Cata Coll o primeiro gol logo no começo da semifinal, é verdade.

Mas ainda no primeiro gol teve pelo menos três chances claríssimas para ampliar e não correu risco nenhuma vez.

Só fez o 2 a 0 com Gabi Portilho nos acréscimos e foi para o segundo tempo disposta a fazer mais, o que não fez nos dez primeiros minutos por detalhes.

Um assombro se considerarmos que as rivais eram favoritaças.

E sem Marta, suspensa, e sem Tamires, machucada.

A Rainha poderá jogar a final, Tamires não.

O 1 a 0 se deu quando a goleira chutou em cima de Paredes e a bola voltou para dentro do gol, aos 5 minutos.

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O 2 a 0, no último dos quatro minutos dos acréscimos.

Para o segundo tempo as espanholas voltaram com fúria, mas muito bem toureadas pelas brasileiras.

Aos 72, em contra-ataque puxado por Priscila, Adriana chutou no travessão, a bola voltou na cabeça de Gabi Portilho, que devolveu para Adriana fazer 3 a 0.

Aos 84, Duda Sampaio devolveu o presente do primeiro gol e ao tentar desviar cabeceio acabou por atrapalhar a goleira Lorena e fazer 1 a 3.

Dai houve o sufoco esperado, com bola no travessão aos 86, e a busca espanhola de repetir o que fizera contra a Colômbia, quando perdiam por 2 a 0 e eliminaram as sul-americanas.

Lorena apareceu para não deixar.

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E, aos 90, entre as penas da goleira, o 4 a 1, dos pés de Kerolin. Uma delícia!

O absurdo das quartas de final contra as anfitriãs francesas, quando foram 19 minutos de acréscimos, hoje foram dados 15, uma brincadeira de péssimo gosto que possibilitou, aos 12 minutos do tempo extra, o 2 a 4.

A assopradora de apito, enlouquecida, ainda deu mais três minutos.

As estadunidenses ganharam as duas decisões olímpicas contra as brasileiras, em Atenas, em 2004, com justiça, por 2 a 0, e em Pequim, em 2008, por 1 a 0, na prorrogação, com escandalosa ajuda da arbitragem.

De novo as favoritas são as norte-americanas, mas não só a prata já está no papo como o ouro é possível.

A decisão será no sábado.

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Dos esportes coletivos disputados hoje, o basquete contra os estadunidenses, e o handebol contra as norueguesas, só o futebol era possível.

E foi. Brilhantemente!

Mais: Marta poderá se despedir com ouro ou prata no peito.

Os deuses dos estádios também escrevem certo por linhas tortas.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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