Silvio Santos foi o mais surpreendente de meus patrões
Trabalhei no SBT entre 1984 a 1987.
Conheci gente lá que estava há anos na emissora e nunca tinha falado com Silvio Santos.
Um belo dia ele me chamou porque queria saber minha opinião sobre fazer de Luís Lombardi, morto aos 69 anos em 2009, locutor de futebol.
Lombardi era "a voz" dos produtos de SS e jamais mostrava o rosto.
Ser chamado pelo patrão conferia uma importância ao contemplado que parecia sem nenhum sentido, mas assim era na cultura da empresa.
Em 1986, em associação com a Record, o SBT cobriu a Copa do Mundo.
Na volta, no mês seguinte, meu salário foi depositado em dobro.
Avisei o departamento de RH sobre o erro e ouvi do diretor que não havia erro algum, que SS havia ficado tão feliz com o resultado da cobertura que havia mandado pagar em dobro os salários de todos os que haviam ido ao México.
Não havia nenhum compromisso prévio para que isso acontecesse.
Opinião
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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