Juca Kfouri

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Reportagem

Botafogo só não enfiou seis por detalhe

Nos primeiros cinco minutos no Nilton Santos o Flamengo sofreu dois golpes: aos 2, Mateo Ponte fez 1 a 0 de cabeça em cruzamento de Marlon Freitas e, aos 4, uma fisgada tirou Dom Arrascaeta no jogo.

O Botafogo parecia absoluto diante de 26 mil torcedores.

Mas, aos 23, Léo Ortiz fez excelente lançamento e Bruno Henrique cavou sobre John para empatar 1 a 1.

O Fortaleza também comemorou.

Daí para frente o clássico caiu em intensidade até porque o Glorioso exagerou em passes errados.

Como seguro morreu de velho, Tite tirou Gerson no intervalo e voltou com Evertton.

O Botafogo voltou igual, mas voltou diferente, quer dizer, igual a como começou o jogo e diferente de como acabou, mais assertivo.

E Almada deu o ar de sua graça ao finalizar pela esquerda e a bola carambolar nos três zagueiros rubro-negros até sobrar para Igor Jesus que contrariou o nome e não perdoou: 2 a 1, aos 8.

O Flamengo cresceu e John evitou novo empate em bomba de Weslei, aos 14, em defesa esquisita que quase morre dentro do gol, isto é, se entra seria frango.

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O clássico ficou muito bom.

Dois minutos depois, Luiz Henrique tirou Ayrton Lucas para dançar e pôs na cabeça de Igor Jesus que, desta vez, perdoou.

Mas Luiz Henrique despencou fora do gramado.

Só que o VAR chamou porque descobriu pênalti de Ayrton Lucas no lance e o assoprador, sem conferir, confiou.

Antes da cobrança, quatro trocas: Tiquinho e Tchê Tchê dentro, Igor Jesus e Mateo Ponte fora; Varela e Léo Pereira dentro e Fabrício Bruno e Ayrton Lucas fora.

Aos 21, no duelo entre argentinos, Rossi se deu melhor ao pegar com o pé o pênalti mal batido por Almada no meio do gol. É o futebol.

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Outra vez, aos 23, Luiz Henrique foi ao fundo e deu o 3 a 1 para Tiquinho que o mandou no Maracanã.

Aos 26, foi a vez de Savarino chutar nas mãos do goleiro o 3 a 1.

Só dava Botafogo, mas com aquele jeito de quem vai tomar ao tanto não fazer.

Mais duas trocas: Lorran no lugar de Allan e Matheus Martins no de Almada, aos 28, uma troca da cada lado.

Luiz Henrique fazia o diabo a quatro na defesa flamenguista e obrigava Dorival Júnior a convocá-lo, para desespero dos botafoguenses.

Uma linda triangulação entre Luiz Henrique, Tiquinho de calcanhar e Matheus Martins, culminou com excelente defesa de Rossi, aos 33.

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Marlon e o esgotado Luiz Henrique saíram, aos 34, Allan e Carlos Alberto jogarem.

O 3 a 1 demorou a sair até que, aos 38, Matheus Martins, enfim, fez, no segundo poste em cruzamento de Savarino pela direita. Não era justo. Era justíssimo.

E para ficar ainda mais justo, o mesmo Matheus Martins fez o 4 a 1 nos acréscimos.

Sejamos francos: só não foi 6 a 1 por detalhe. Poderia até ter sido 7 a 1.

Com um jogo a mais, o Fogão voltava à liderança com um ponto a mais que o Fortaleza, e botava cinco pontos de vantagem sobre Flamengo e Palmeiras.

O Glorioso vai à casa do Palmeiras com o moral nas alturas.

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E o Flamengo vai às alturas de La Paz com a alma no pé e o coração na mão.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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