Juca Kfouri

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Reportagem

Flaco López é forte!

Que belo primeiro tempo fizeram o Palmeiras completo e o São Paulo com apenas quatro titulares.

Os donos da casa verde com a faca entre os dentes, dispostos a liquidar o clássico logo de cara, capazes de dar muito trabalho a Rafael, mas sendo surpreendidos pelos tricolores, que por pouco, em duas oportunidades, não abriram o placar, também fazendo Weverton se virar.

O São Paulo ainda perdeu Ferreira no começo do jogo, trocado por Patryck.

Abel Ferreira não abria mão do Brasileirão e Zubeldía apostava mais na Libertadores, no que ambos estavam certos, porque o Palmeiras corre sérios riscos contra o Botafogo e o São Paulo não pode dar sopa para o azar diante do Nacional, além do Brasileirão ser utopia.

Nem bem o segundo tempo tempo começou e Raphael Veiga perdeu chance imperdível.

Em seguida Flaco López abriu o placar, aparentemente em impedimento e o VAR mostrou que não: 1 a 0, aos 9 minutos.

Era justo e o começo da jogada, nos pés de Richard Rios, foi uma pintura.

O Brasileirão pode ser mais difícil para o Tricolor que a Libertadores, mas nem por isso é para largar mão.

Gol sofrido, Luciano e Lucas Moura em campo, nos lugares de Moreira e Michel Araújo.

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Em seguida, aos 17, tensão, drama, com Patryck estendido no gramado, ambulância em campo, Allan Franco no lugar dele fora da cota das substituições pela emergência, mas nada mais importava além do estado de saúde do atleta.

Em cinco minutos Patryck foi retirado do estádio, rumo ao hospital.

O jogo voltou com a mesma intensidade a tal ponto que permitiu supor estar o profissional já melhor, lúcido, o que se confirmou logo depois.

Estêvão, com bela atuação, deu lugar a Felipe Anderson, Aníbal Moreno substituiu Zé Rafael e Vanderlan entrou no lugar de Caio Paulista.

A tempo de verem Ferraresi cruzar, André Silva tocar e Luciano empatar, aos 26: 1 a 1.

O empate durou pouco, porque, aos 30, Fellipe Anderson roubou de Alan Franco e a bola acabou com Lázaro que finalizou para Rafael defender apenas parcialmente: 2 a 1. Dava para pegar. E o que o goleiro não fez, o VAR cometeu: Flaco, em impedimento, foi considerado como participante do lance e o gol foi anulado sob coro de "vergonha" na casa verde.

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Vergonha não era, apenas interpretação, apesar de um pouco exagerada.

Luis Gustavo e Calleri dentro, Nestor e André Silva fora.

Rômulo e Maurício dentro, Lázaro e Veiga fora, tudo aos 37.

E Rony foi para o jogo como sexta troca, como determina a regra que concedeu seis trocas ao rival. Saiu Rios, aos 42.

Palmeiras e São Paulo empatavam pela 116ª vez com 116 vitórias para cada lado. Pode isso, senhoras e senhores?

Deve ser estatística inédita na história dos clássicos mundiais.

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Com 11 minutos de acréscimos, Luciano foi expulso, aos 51.

Ele fez o gol, levou amarelo na comemoração com provocação e o segundo ao fazer falta em Felipe Anderson.

Aos 56, quase 57, bola aérea na área, Rafael saiu mal, Flaco López subiu bem, e fez 2 a 1, porque é forte: 2 a 1!

Aos 60, o jogo acabou, diante de 35 mil torcedores.

Ah, sim, e o Palmeiras desempatou o confronto: 117, 116 e 115. Impressionante.

No fim, o pau quebrou entre jogadores, com gandulas, seguranças, em resumo, uma palhaçada deprimente depois de jogo tão bonito.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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