O torcedor que se perde em seu fanatismo
A leitura de alguns comentários sobre a esclarecedora reportagem de Lúcio de Castro sobre John Textor revela até que ponto o torcedor se liga aos fins e despreza os meios.
A exemplo de corintianos diante da máfia russa da MSI, em 2005, de cruzeirenses quando a quadrilha de cartolas sangrou o clube, agora há botafoguenses que veem na matéria reação à goleada do time sobre o Flamengo.
Quando o caso no Corinthians resultou em caso de polícia e os russos e seu representante no clube se escafederam até que, dois anos depois, o time fosse rebaixado apesar de ter sido campeão brasileiro dois anos antes, nenhum dos que protestaram pediu desculpas aos que denunciaram a negociata.
Do mesmo modo entre os cruzeirenses, que amargaram três anos de série B.
Assim que o sonho acabar no Botafogo será também assim.
Hoje cobram reportagens sobre os juros extorsivos da Crefisa ou sobre a vida empresarial nada edificante do presidente do Flamengo, porque não se dão ao trabalho de nem sequer dar um google e constatar quanto já se escreveu a respeito de um caso e de outro, para protestos de alviverdes e rubro-negros.
Não tem jeito.
Em regra é o povo que se vacinou, mas vota em quem negou as vacinas.
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