Juca Kfouri

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Reportagem

São Paulo se apresenta ao Botafogo

Quando São Paulo e Nacional jogavam já havia 29 minutos, a sensação era a de que o péssimo jogo em Montevidéu tinha sido injustamente atribuído ao gramado esburacado do Grand Central Parque.

Afinal, no tapete do Morumbi, o São Paulo não produzia nada digno de nota e os uruguaios até ameaçavam.

Tudo mudou no 30° minuto, quando Bobadilla recebeu de Calleri e entrou chapando na entrada da área e abriu o placar.

Daí por diante e até o fim do primeiro tempo o tricolor jogou.

Em seguida após o gol, Calleri quase ampliou e, não muito tempo depois, foi a vez de Lucas Moura exigir que Mejia defendesse bolas difíceis.

Susto mesmo os paulistas só levaram um, numa falta inventada pelo assoprador de apito na meia-lua, quando foi claro o desarme, na bola, de Luiz Gustavo. Susto pela expectativa de perigo, porque, mal batida, a cobrança ficou na barreira.

Os brasileiros foram para o intervalo classificados para pegar o Botafogo pelas quartas de final da Libertadores.

E não esperaram nem dois minutos para fazer 2 a 0 no segundo tempo, em cruzamento de Rato para Calleri meter a cabeça e mandar a redonda para rede.

O pau quebrou com torcedores uruguaios arremessando bancos contra a polícia e no gramado, dessas cenas ainda tristes que acontecem na América Latina. Lastimável.

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O jogo ficou paralisado por quase oito minutos com a nova saída do Nacional.

O jogo estava resolvido porque o Nacional está longe, mas muuuito, de ser o Palmeiras.

Botafogo e São Paulo disputarão a vaga na semifinal e pelo menos hoje, diferentemente do que aconteceu ontem com os cariocas, os paulistas atravessaram as oitavas sem maior desgaste.

Alias, o São Paulo se acomodou a tal ponto que, aos 71, levou uma bola na trave, assim meio de surpresa.

Luis Zubeldia se deu conta que a preguiça estava demasiada e tratou de dar uma agitada no ambiente ao botar Rodrigo Nestor no lugar Rato, para que o São Paulo pudesse voltar a ter mais posse de bola como no primeiro tempo, quando teve 81% do tempo com ela nos pés.

Acontece que o Nacional já estava gostando do jogo e não se mostrava disposto a largá-lo, razão pela qual, por por três vezes, em quatro minutos, entre 78 e 82 minutos, Rafael teve de fazer três grandes defesas em arremates de fora da área.

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Aos 83, Izquierdo despencou no gramado, aparentemente por ter se sentido mal, e jogo parou por mais oito minutos enquanto o jogador era atendido e retirado pela ambulância.

Tudo somado, 15 minutos de acréscimos.

Diante de 60 mil torcedores, André Silva e Marcos Antônio entraram nos lugares de Lucas Moura e Luciano, aos 99.

E fim de papo.

Deu o óbvio e o são-paulino comemorou cantando o nome de Telê Santana.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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