Juca Kfouri

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Reportagem

Brabas viram e amassam as Palestrinas em Dérbi com erro escandaloso

Que a CBF é um horror e joga sempre de bandido contra o futebol que deveria promover e proteger é mais que sabido entre ano, sai ano, há décadas.

Marcar para de manhã uma semifinal de Campeonato Brasileiro, no sol de Jundiaí, 30°, como se fez com Palmeiras e Corinthians é coisa de gente sádica.

E foi sob tais estúpidas condições que as Brabas jogaram imprudentemente 20 minutos iniciais de pressão descomunal sobre as Palestrinas.

Logo aos 7 a goleira Natascha desviou contra a trave finalização de Milene cara a cara.

O Palmeiras não passava do meio de campo, acuado na saída de bola no modo perde e pressão do Corinthians.

Dois minutos depois, em jogada sensacional de pé em pé que culminou com o gol, de calcanhar, de Milene, o VAR interveio para anular o gol alvinegro por milímetros.

A partir dos 20, o Corinthians caiu de ritmo porque era mesmo impossível mantê-lo e o Palmeiras passou a se impor até que, aos 25, um absurdo desses inexplicáveis.

A corintiana Dani Arias cortou com o braço o arremate de Brena, a assopradora de apito não marcou e o VAR nem sequer a chamou para conferir o tamanho de seu erro.

Ou seja, como no futebol dos homens, no das mulheres a incompetência é a mesma, tão grosseira que desperta suspeitas de desonestidade.

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As Palestrinas não se desestabilizaram com o erro escandaloso e, aos 36, Amanda Gutierrez abriu o marcador ao bater pênalti cometido pela goleira Nicole em Juliete: 1 a 0.

Metade do primeiro tempo preto e branco, a outra metade verde e branco, o placar não era justo porque além do quem não faz toma, era para estar 2 a 0.

No 22º Dérbi, o Palmeiras vencia pela quarta vez, com 13 derrotas e cinco empates, desde 2020, presente de grego das Palestrinas no aniversário do clube rival.

No segundo tempo quase só deu Corinthians, num esforço sobre-humano dada a temperatura.

Por duas vezes o Corinthians teve a chance do empate, a goleira palmeirense evitou uma, a zagueira Pati evitou outra na linha fatal, até que Vic Albuquerque, aos 38, fez o gol do 1 a 1.

Pelo segundo tempo era justo, pelo jogo todo deveria estar 2 a 1 para as Palestrinas, diante de menos de 2 mil torcedores, porque nem a CBF nem a direção palmeirense ajudam, outra contradição da presidenta do clube.

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Aos 46, no primeiro de dez minutos de acréscimos, Carol Nogueira bateu forte e cruzado entre as pernas de Pati e virou para 2 a 1, quando o empate já estava de bom tamanho como visitante.

Dois minutos depois, Eudmilla ainda mandou na trave o que seria o 3 a 1, e, aos 49, Duda Sampaio, fez o 3 a 1, tornando a vitória justa e permitindo às Brabas perder o jogo de volta por um gol e mesmo assim ser mais vez finalista, em busca do pentacampeonato.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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