Juca Kfouri

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Reportagem

Brabas perdem, mas vão em busca do hexacampeonato

Não fizeram bom primeiro tempo as Brabas e as Palestrinas no estádio dos lusitanos, o Canindé, com público razoável de quase de 16 mil fiéis. Fosse em Itaquera teria bem mais.

As alviverdes saíram na frente logo aos oito minutos com Laís Estevam e deram a impressão de que poderiam tirar a diferença de 1 a 3 do jogo de ida.

Mas 13 minutos depois da abertura do marcador, deram espaço para a Duda Sampaio que pegou um tirambaço de fora da área e empatou 1 a 1.

A partir daí o Dérbi teve mais erros que acertos, com passes imperfeitos e poucas emoções, muitas vezes com as faltas predominando.

Sob 30° graus e tempo seco, o segundo tempo prometia mais luta que espetáculo na semifinal do Brasileirão.

As Brabas podiam até perder por um gol que assim mesmo disputariam a final em busca do pentacampeonato seguido e hoje em dia o time delas chama mais atenção pelo preparo físico do que pela qualidade do jogo.

O jogo ficou mais agradável, lá e cá, exatamente porque ninguém aguentava marcar como no primeiro tempo.

O Palmeiras seguia mais com a bola e o Corinthians mais perigoso quando atacava.

Só aos 15 minutos começaram as trocas, duas no alvinegro, uma no alviverde, a zagueira Poliana pela atacante Yoreli Rincón.

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O clássico voltava a ficar truncado e começava a ter ares dramáticos com as Brabas mais preocupadas em defender, o que nunca foi a característica do time sob o comando de Artur Elias, e arriscando nos contra-ataques.

Aos 25, Milene perdeu gol feito para virar o placar.

Os contra-ataques aconteciam e as corintianas erravam no último passe enquanto as palmeirenses faziam a goleira Nicole se virar em arremates de fora da área.

No mínimo, as Palestrinas vendiam caro mais uma eliminação para as Brabas, que seguiam sem jamais ser eliminadas em mata-matas contra elas.

Laís Estevam, autora do gol, se machucou e Vitória a substituiu.

O Corinthians fez mais duas trocas e a goleadora Vic Albuquerque também saiu.

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Aos 37, Natascha fez milagre no Canindé, ao evitar o gol de Yayá à queima-roupa.

As Brabas já faziam por merecer estar na frente.

Mas, aos 42, quem marcou foi Letícia, que acabava de entrar, de cabeça, em contra-ataque fulminante para botar o Palmeiras na frente: 2 a 1.

No agregado estava 4 a 3 para as Brabas e o drama estava instalado com sete minutos de acréscimos.

Que foram mais tensos, até com intervenção do VAR à procura de pênalti para o Palmeiras, do que perigosos.

As Brabas vão em busca do hexa contra São Paulo ou Ferroviária que ainda jogam, 0 a 0, em Araraquara.

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Desde 2017 o Corinthians disputa a final e só perdeu uma, em 2019, exatamente para a Ferroviária e nos pênaltis.

Atualização: nos pênaltis, o São Paulo garantiu sua vaga na decisão.

A goleira Carlinha pegou as três cobranças da Ferroviária e as Tricolores converteram as três, num final de jogo de matar.

As Guerreiras Grenás fizeram 1 a 0 aos 90 minutos, de pênalti alertado pelo VAR e quase defendido por Carlinha, mandaram bola na trave no último segundo dos acréscimos e terminaram eliminadas em casa.

Entre as Brabas e as Tricolores não haverá favoritismo.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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