Quando uma derrota do Flamengo não será vexame?

Os torcedores de Botafogo, Fluminense e Vasco têm certeza da existência da tal Fla-Press, chamados de anti pelos flamenguistas.

Assim como os do Palmeiras, Santos e São Paulo em relação à cobertura do Corinthians pela imprensa paulista, também chamados de anti pelos corintianos.

Diferentemente do que tem acontecido com os alvinegros, que têm perdido mais que vencido nos últimos anos, os rubro-negros não aceitam derrotas.

É como se fossem ofensas inaceitáveis, e não resultados de disputas contra quem tem o direito de vencer e, muitas vezes, com camisas mais pesadas que as da Gávea — e não são poucas, diga-se de passagem.

A do Peñarol, por exemplo, é, três vezes campeão mundial e cinco vezes continental, para não citar clubes brasileiros mais vitoriosos e não ofender suscetibilidades.

Ora, bolas!

O Flamengo perdeu dos uruguaios porque foram inferiores e ponto, assim como perderam outros jogos no Campeonato Brasileiro.

O ano de 2019 foi exceção que dificilmente se repetirá, coisa assim como o Santos viveu em outros tempos.

E com Pelé e tudo o Santos perdia, o mundo não acabava, o time reagia e voltava a ganhar.

Mais que perder jogos, o Flamengo perdeu jogadores imprescindíveis e não é possível que só Jorge Jesus sirva para comandá-lo.

A reação diante de cada derrota denota muito mais arrogância que equilíbrio e daí, em vez de ensinamentos, só saem frustração e raiva.

Além de caça às bruxas e busca de bodes expiatórios.

Caminho inevitável de mais derrotas, de perda de confiança do time, de desencanto da Nação.

Há muitos e muitos pés que andam precisando calçar as tais sandálias da humildade.

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