Juca Kfouri

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Reportagem

Deyverson pune o medo do Fluminense

É incompreensível e até revoltante.

Como os times brasileiros se acoelham quando jogam fora de casa.

Como se a torcida do anfitriã fosse descer em campo e bater nos visitantes.

Que a massa estimule os de casa, tudo bem, é assim no mundo todo, e foram quase 44 mil torcedores.

Mas que atemorize profissionais de clubes grandes é inaceitável.

O Galo fez isso no Maracanã contra o Fluminense e o Fluminense fez isso no Terreirão do Galo.

No primeiro tempo foi amassado, viu Fábio pegar pênalti de Hulk, levar bola na trave de Battaglia e, depois de só se defender, deu o azar de Bernard, uma tristeza nas pernas, se machucar e dar lugar a Deyverson.

Deyverson mudou o jogo e logo no começo do segundo tempo subiu mais que Thiago Silva em cruzamento de Scarpa para fazer o 1 a 0 suficiente para levar aos pênaltis.

Mas o Galo seguiu na pressão, só Fábio trabalhava enquanto Éverson assistia ao jogo, e o 2 a 0 parecia inevitável, como foi inevitável o 1 a 0 para o Fluminense no fim do jogo de ida.

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Porque os deuses dos estádios castigam mais que premiam a cautela excessiva, o excesso de defensivismo.

Paulinho perdeu gol incrível ao completar jogada entre Hulk e Deyverson na pequena área.

Mano Menezes começou a mexer e mexeu mais para segurar o 0 a 1 que para buscar o 1 a 1.

E teve a sorte de ver Paulinho perder mais um gol imperdível aos 85.

Entre Hulk, Paulinho e Deyverson quem mais brilhava era menos cotado e foi dele o gol do 2 a 0, ao aparar cruzamento de Hulk da direita na segunda trave, aos 88.

O Flu não pode mais ser bi. O Galo pode. Que venha o River Plate. Mas que venha devagar.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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