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Lucas Moura perde pênalti inventado e o Botafogo está classificado

Registre-se de pronto: o Botafogo não se intimidou com o Morumbi lotado por 61.329 torcedores, diferentemente do São Paulo no primeiro tempo no Nilton Santos.

Não se intimidou, propôs mais o jogo que o anfitrião e, antes de 15º minuto, se aproveitou de bobeada monstruosa se Luiz Gustavo na intermediária tricolor com Savarino roubando-lhe a bola e entregando-a a Igor Jesus para receber na frente e cruzar forte pela esquerda da área. Ao cortá-la, Rafael viu a bola acabar na cabeça de Almada e o 1 a 0 estava decretado no placar do Morumbi, que nem por isso se calou.

E não se calou embora o alvinegro permanecesse melhor em campo, em busca do segundo gol.

Aos 26 quem cedeu à pressão carioca foi Rafinha, desarmado por Almada que lançou Igor Jesus para tirar tinta da trave.

Aos 35, diante da absoluta inoperância do São Paulo, Zubeldia se arrependeu de ter escalado o menino William Gomes em vez do experiente Luciano e fez a troca.

O Glorioso, porém, seguia mandando no clássico e só aos 42 os paulistas deram uma ameaçada e conseguiram escanteio em desvio de bola no braço de Bastos.

O VAR chamou para revisar o lance, o jogo ficou paralisado por mais de quatro minutos e o torcedor são-paulino comemorou um pênalti à brasileira virar à sul-americana.

O botafoguense se convenceu de que há uma conspiração continental contra o clube da Estrela Solitária.

Mas que não houve o pênalti ficou claro.

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Lucas Moura bateu por cima, raspando no cocoruto do travessão, porque pênalti roubado não entra, como se diz nas peladas da criançada ou, ao menos, se dizia.

Como voltariam os times para o segundo tempo, o Botafogo depois do susto tomado e o São Paulo depois do presentaço desperdiçado.

Os paulistas voltaram mais acesos e os cariocas mais catimbentos.

No jogo de ida o São Paulo melhorou muito no segundo tempo.

Lucas, principalmente, parecia obstinado em corrigir seu erro.

No bafo da massa, o São Paulo buscava compensar na vontade o que faltava na bola.

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Aos 59, Artur Jorge pôs Adryelson no lugar do amarelado Barbosa.

Aos 60 o inacreditável aconteceu: Luciano deu o empate para Calleri na pequena área e ele fez o mais difícil, ao perder o gol, mandando a bola por cima.

Três minutos depois foi a vez de John fazer ótima defesa em chute de Lucas.

Havia cheiro de empate no ar.

O Botafogo buscava cadenciar o jogo, quebrar o ritmo do rival, mas abdicava de atacar e trocava Luiz Henrique por Matheus, além de Savarino por Tchê Tchê, aos 70.

Nestor e Igor Vinicius dentro e Bobadilla e Rafinha fora, aos 75.

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Os dois times ralavam em seus objetivos opostos.

Os gandulas jogavam juntos com uma rapidez de Fórmula 1 na reposição de bolas.

O jogo estava longe de ser tecnicamente bom, valia pela tensão, pela luta.

Michel Araújo e André Silva nos lugares de Wellington e Rato — e Danilo Barbosa no de Gregore, aos 82.

Estava tudo aberto.

Foi então que Calleri, sob os olhos assustados de Marçal, cabeceou cruzamento improvável de André Silva e, aos 87, empatou a decisão.

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Pelo segundo tempo, era justo, ainda mais porque o Botafogo se recusou a jogá-lo como poderia.

O tempo fechou na lateral do campo e o expulso Rafinha e Zubeldia foram os responsáveis ao provocar Marçal.

Gatito Fernandez também foi expulso.

E faltavam os pênaltis.

Calleri foi o primeiro a cobrar e mandou no travessão com John batido.

Tchê Tchê fez valer a lei do ex e marcou 1 a 0.

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Luiz Gustavo empatou.

Danilo Barbosa fez 2 a 1.

Lucas Moura empatou e John quase pegou.

Marçal fez 3 a 2.

Igor Vinicius empatou.

Vitinho mandou nas alturas.

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Luciano fez 4 a 3.

Almada empatou.

Rodrigo Nestor e John pegou!

Matheus Martins e classificou o Botafogo para as semifinais em busca do título inédito.

Flamengo ou Peñarol? Tanto faz.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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