Flamengo não machuca e Peñarol se classifica
O primeiro tempo no pulsante Campeón del Siglo lembrou pouco o do Maracanã uma semana atrás.
Não só porque terminou 0 a 0, e no Rio o Peñarol estava na frente, mas também porque o time aurinegro jogou menos, limitou-se a defender a vantagem merecida no Rio de Janeiro.
O Flamengo foi melhor, criou chances, mas talvez tenha faltado frieza na finalização final, aí sim, como já havia faltado no jogo de ida.
E Plata, apesar de voluntarioso, brigador, peca pela ansiedade dentro da área.
Melhores momentos: Peñarol 0 x 0 Flamengo
Mas o segundo tempo prometia um Flamengo mais certeiro, porque dominante já estava.
E começou como terminou o primeiro, com quase o Flamengo fazendo 1 a 0.
A Nação via uma atuação digna, mas, mais que honrosa, a queria vitoriosa.
Aos 58 minutos, Gabigol substituiu Plata e se viu diante da chance de reiniciar vida gloriosa na Gávea.
Wesley também entrou, no lugar de Varella.
Rossi apenas assistia ao jogo dentro de campo e os uruguaios resistiam sem correr maiores riscos, às vezes por excesso de preciosismo rubro-negro — ou seria receio de assumir responsabilidade.
Fato é que a não ser machucado, o Peñarol passou a machucar e, aos 68, viu Damían Garcia tirar tinta da trave brasileira, na melhor oportunidade do jogo.
E Gabigol, cadê ele, escondido havia 12 minutos no gramado?
Ayrton Lucas entrou no lugar de Alex Sandro, aos 73.
Matheus Gonçalves e David Luiz foram as últimas trocas, nos lugares de Leo Ortiz e Fabrício Bruno.
Aos 88, Matheus Gonçalves cruzou e Gabigol teve a chance de marcar, mas Aguerre foi mais esperto e defendeu.
Outra decepção era a atuação de De La Cruz e o jogo ia se aproximando melancolicamente do fim, para definir a semifinal entre Botafogo e Peñarol, com apenas cinco minutos de acréscimos.
Com Rossi na área uruguaia o jogo terminou.
Como será a madrugada na Gávea?
Peñarol e Botafogo se enfrentaram quatro vezes em jogos oficiais, pela Libertadores, em 1973, e pela Copa Conmebol, em 1993; foram três empates e uma vitória brasileira por 4 a 1, na Libertadores.
Houve ainda duas vitórias uruguaias em jogos não oficiais e um empate, nos anos 1960.
Ainda é possível uma final brasileira entre os alvinegros do Rio e de Minas.
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