Juca Kfouri

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Opinião

Por que o São Paulo foi eliminado no jogo dos sete erros

Dizem lendas antigas que em jogos decisivos não se pode errar.

Os idiotas da objetividade pregam o erro zero.

Que, é óbvio, não existe.

Errar sempre se erra.

Só não pode exagerar.

Ainda mais contra um time melhor, como o Botafogo, mesmo que, surpreendentemente, tenha se amedrontado no segundo tempo.

Mas o São Paulo exagerou nos erros. Demais.

A começar por Luiz Gustavo, que entregou o primeiro gol.

Rafinha quase entregou um segundo gol, e sua simples escalação já é um erro, porque experiência não é posto.

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Se a cavalo dado não se olha os dentes, pênalti presenteado não pode ser desperdiçado. E Lucas Moura desperdiçou.

Parecia a pá de cal.

E não foi.

Porque o time voltou com o coração na ponta das chuteiras e empurrado pelo Morumbi em transe criou chances para empatar, a maior delas, tão enorme como o pênalti, ironicamente acabou perdida por Calleri, embaixo do travessão.

Era para desistir ali, entregar os pontos, nesta noite, não.

Uma ova!

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Porque Calleri empatou.

Aí chegou-se ao erro zero.

E aconteceu o quinto erro fatal.

O goleador desperdiçou o primeiro pênalti.

Chega!

Não chega!

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Porque o Botafogo também perdeu, na quarta cobrança e Luciano pôs o tricolor na frente.

Então aconteceu o sexto e definitivo erro: Rodrigo Nestor viu John defender sua cobrança.

Os deuses dos estádios se reuniram rapidamente e decidiram que os tricolores haviam passado dos limites.

Nos pés de Matheus Martins decretaram que era hora de botar fim ao jogo dos sete erros.

Mas não eram seis?

Eram, não fosse a bobagem de Zubeldía e Rafinha que provocaram confusão gratuita quando o Botafogo estava grogue e o São Paulo perto da virada.

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A parada interminável permitiu que os botafoguenses botassem os nervos no lugar para garantir sua justa classificação.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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