Verdão turbo derrota o Galo 1.0 e lidera
O primeiro tempo de Palmeiras e Galo só ia terminando 0 a 0 porque Everson parece ter jurado que Flaco López não faria gol nele.
Por três vezes, uma cara a cara, outra num tirambaço, e mais uma por cobertura, o goleiro evitou gols do goleador.
Mas, no fim, em belíssima jogada, Felipe Anderson pôs Maurício na cara do gol e ele foi desequilibrado por Igor Gomes, em pênalti claro.
Rapahel Veiga bateu e fez 1 a 0, aos 46.
Até ali o Verdão turbo enfrentava o Galo 1.0 e uma ventania que se fosse em Itu seria chamada de tufão, como era em Campinas, era só ventania mesmo.
O Brinco de Ouro, com menos torcida do que o jogo merecia, testemunhava a diferença que faz um time fresco, como diz Abel Ferreira, contra outro cansado da batalha contra o Fluminense no meio da semana. 16 mil torcedores no estádio em que cabem 39 mil.
O reencontro do Palmeiras com Gustavo Scarpa e Deyverson colocava o alviverde em primeiro lugar até pelo menos às 21 horas, quando começaria o clássico entre Botafogo e Grêmio, no Mané Garrincha — não confundir com Nilton Santos, tão ídolo como do Glorioso, mas em Brasília, não no Rio.
No saldo de gols, os paulistas livravam cinco gols de vantagem no saldo sobre os cariocas, 26 a 21.
Não fosse Everson e o jogo estaria, no mínimo, 3 a 0.
Ninguém mudou nada para o segundo tempo, nem a ventania, que seguia forte e jogaria a favor do Palmeiras, a 37 quilômetros por hora.
Para o Galo era só mais um jogo do Brasileirão, onde está no meio da tábua de classificação, mas nas semifinais da Copa do Brasil, contra o Vasco na próxima quarta-feira, e da Libertadores, contra o River Plate, em 22 de outubro.
Para o Palmeiras era mais uma decisão com o propósito de não deixar o Botafogo se afastar.
Aos 15, Scarpa, contrariado, saiu, com Igor Gomes, e Cadu e Arana entraram.
O Galo, diga-se, contra o vento, jogava, melhor que no primeiro tempo e na melhor chance palmeirense Flaco foi fominha ao não dar a bola para Felipe Anderson.
E, aos 23 minutos, em cobrança de falta cometida por Murilo em Deyverson, Hulk, com perfeição, empatou 1 a 1 e deixou a torcida do Botafogo até mais feliz que a do Atlético.
Newsletter
OLHAR APURADO
Uma curadoria diária com as opiniões dos colunistas do UOL sobre os principais assuntos do noticiário.
Quero receberTrês minutos depois Felipe Anderson recebeu de Mauricio o 2 a 1 e o desperdiçou miseravelmente.
Rony e Lázaro dentro, Felipe Anderson e Maurício fora, aos 29.
Aos 35, saiu Deyverson e entrou Vargas no Galo.
Dudu entrou no lugar de Fabinho.
O resultado pouco importava na vida mineira e era desastroso na paulista.
Mas, aos 38, Rubens derrubou Dudu na área, na primeira bola tocada por ele, e Veiga bateu o pênalti de novo, para fazer 2 a 1, aos 40.
Pênalti desnecessário, diga-se, diferentemente do primeiro, e quando o Palmeiras pouco fazia, incapaz de se impor até fisicamente como era de se esperar.
Seja como for, a vitória era simplesmente fundamental e na próxima meia-hora o Palmeiras lidera o campeonato.
Veiga e Flaco saíram, Gabriel Menino e Vitor Reis entraram, assim como Alan Kardec substituiu Rubens.
Mas nada mais mudou o resultado de um clássico com três gols de bola parada que vale igual aos demais e, muita vezes, exige até mais arte dos autores.
O Verdão turbo engatou a sexta vitória consecutiva.
Deixe seu comentário