Juca Kfouri

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Reportagem

São Paulo vivo no G4; Corinthians desmaiado na Z4

Tudo o que o Majestoso prometia, no primeiro tempo, limitou-se à tensão, ao nervosismo, à ansiedade dos dois times, incapazes de trocar cinco passes seguidos.

As raras quase chances de gols foram frutos de erros em saídas de bola.

O São Paulo parecia inseguro e o Corinthians apressado.

Em resumo, os 45 minutos iniciais no Mané Garrincha não mereceriam mais linhas para resumi-los não fosse o pênalti cometido por Fagner em Calleri, já nos acréscimos, e que valeu não apenas o 1 a 0, na cobrança de Lucas Moura, como a expulsão do violento lateral alvinegro.

A esperança para o segundo tempo melhorar estava nos bancos: William Gomes de um lado, Memphis Depay do outro.

Mas o Corinthians tinha dez contra 11 — e ainda perdeu Romero para o jogo contra o Inter, suspenso pelo terceiro amarelo.

Ou seja: a missão do Corinthians em fugir da ZR estava altamente prejudicada.

A do São Paulo em chegar ao G4 permanecia em curso.

Bidu, Bidon e Martínez não voltaram para o segundo tempo, trocados por Félix Torres, Carrillo e Coronado.

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Nos dez primeiros minutos houve três chances claras de gol, como não havia acontecido no primeiro tempo inteiro: duas foram perdidas por Romero e outra, a maior delas, por Rato.

Memphis entrou no lugar de Garro, aos 14 minutos.

A tempo de ver o VAR chamar o assoprador para expulsar André Ramalho por cotovelada em Luciano.

O Corinthians estava até melhor em campo e, ao ficar com nove, jogou fora qualquer possibilidade de empatar, além de perder mais um titular para o jogo contra o Inter.

O desequilíbrio de dois jogadores experientes como Fagner e Ramalho dá a medida do estado de nervos de um time que luta para não cair.

Charles saiu e Gustavo Henrique recompôs a linha de zagueiros.

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Erick, Ferrarezi e Liziero entraram nos lugares de Luciano, Bobadilla e Rafinha.

Aos 30, o inevitável 2 a 0 nasceu de escanteio cobrado por Rato e concluído por Arboleda.

Seria difícil, em 15 minutos, devolver o famoso 6 a 1 de 2015 em Itaquera, mas, se forçasse, talvez desse.

Olé a torcida única em Brasília já fazia, alegremente.

Mas quem fez gol foi Yuri Alberto, aos 37, para botar alguma dúvida na cabeça de Zubeldia: 2 a 1.

Que logo pôs Jamal Lewis no lugar de Wellington, além de André Silva no lugar de Rato.

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Por incrível que pareça, o Corinthians acreditava ser possível empatar e o São Paulo não jogava o suficiente para se impor.

Menos mal, para os alvinegros, que Cuiabá e Fluminense também perdiam e que Hugo fez baita defesa em chute de Erick, evitando o 3 a 1, diante de apenas 29 mil torcedores.

Desmaiados, mas não mortos, era o que os bravos nove jogadores mostravam para transformar, de alguma maneira, o limão da derrota em limonada, mas não a ponto de evitar o 3 a 1, nos pés de André Silva.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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