Hugo evita a goleada, e Flamengo sofrerá em Itaquera
Quando, aos 30 minutos, o 0 a 0 não saía do placar do Maracanã, só Hugo sabia por quê.
Porque o Flamengo amassava o Corinthians como um time do G4 tem de fazer contra outro do Z4.
Hugo fez uma, duas, três defesaças, a terceira em bola de calcanhar por Gabigol, um milagre em dois atos. As duas primeiras em arremates de Dom Arrascaeta.
Até que na sétima finalização rubro-negra contra nenhuma alvinegra, Alex Sandro recebeu de Bruno Henrique pela esquerda, fez que iria cruzar, Hugo acreditou e o lateral chutou entre o goleiro e a trave para fazer o 1 a 0 que poderia ser 3 a 0.
A única semelhança do Flamengo de Filipe Luís com o de Tite estava no desperdício de gols porque, de resto, era da água para o vinho.
E o melhor jogador em campo foi desprezado na Gávea, o goleiro Hugo.
Só aos 41 minutos os paulistas finalizaram pela primeira vez, com Garro, para Rossi fazer ótima defesa.
Fagner era uma avenida, Charles parecia amedrontado e Igor Coronado desapareceu.
No Flamengo só Gabigol participava pouco, embora quase tenha feito gol de placa, e Gerson e Dom Arrascaeta pontificavam.
Se Ramón Díaz não consertasse os erros de escalação cometidos o Flamengo garantiria a classificação no segundo tempo.
(Cá entre nós chega a ser um escárnio manter Fagner no time e ainda dar a ele a faixa de capitão. Só pode ser exigência de quem renovou o contrato dele por mais dois anos, embora faça uns quatro que ele é apenas ex-jogador em atividade).
Matheuzinho, Martinez e Gustavo Henrique substituíram Fagner, Ryan e Igor Coronado.
Obviamente o Flamengo não só não mexeu como voltou disposto a garantir a classificação.
E logo de cara proporcionou outra grande defesa a Hugo, imediatamente respondida em contra-ataque com Romero que mandou a bola na trave de Rossi.
Em 11 minutos o venezuelano Martinez errou nas três vezes em que pegou na bola.
Na terceira, que resultou em falta, a bola foi cruzada na área por Arrascaeta e Bruno Henrique a cabeceou no travessão.
Aos 16 De La Cruz bateu falta no cocoruto do travessão e no minuto seguinte Hugo Souza salvou o 2 a 0 no pés de Gerson.
Aos 20, Yuri Alberto entrou no lugar de Héctor Hernandéz que acabava de perder a maior chance de gol do clássico, embora estivesse em impedimento assinalado pelo bandeirinha.
Quatro minutos depois, para coroar a festa da Nação, Gabigol fez o 2 a 0, muito comemorado, mas em impedimento.
Carrillo entrou no lugar de Charles e o Corinthians se virava para perder só por um gol.
Michael reapareceu e Matheus Gonçalves entrou para De La Cruz e Bruno Henrique descansarem.
Aos 36, Léo Ortiz salvou o empate na linha fatal em arremate de Romero. Era só o que faltava diante de 47 mil torcedores.
O Flamengo começou a dar sinais de cansaço e Matheusinho acertou a parte externa da trave, aos 40.
Sim, depois de quase ser goleado, o Corinthians ameaçava empatar.
Gabigol deu lugar a Plata e foi aplaudido só porque a Nação gosta mesmo dele. Jogar, quase não jogou.
Alex Sandro se machucou e Ayrton Lucas entrou no lugar dele, como Alcaraz substituiu Arrascaeta.
Pelo que sofreu no final do segundo tempo, o Flamengo há de saber que sofrerá em Itaquera porque a Fiel vai empurrar o time o quanto puder.
O que poderia ser uma goleada acabou em magro 1 a 0, mesmo com a atuação brilhante de Gerson.
Por ironia a lei do ex valeu ao contrário, tantos gols Hugo Souza evitou.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.