A triste noite brilhante de Yuri Alberto
Fazer um gol logo de cara é tudo que um time quer.
Mesmo, ou ainda mais, se é inferior ao adversário.
Mas, sempre tem um mas, às vezes a intenção de manter a vantagem põe em seu campo o rival superior em busca do empate.
Foi exatamente o que aconteceu em Itaquera entre Corinthians e Inter, aos dois minutos.
Rômulo errou o recuo de bola no meio de campo, deu a bola para Memphis que lançou com brilho para Yuri Alberto fazer 1 a 0.
Daí em diante só deu Inter. Como torniquete.
Aos 11 minutos, Bernabéi venceu Hugo e viu Cacá salvar com o peito na linha fatal.
Seis minutos depois, o mesmo Bernabéi bateu de fora da área, desviou em Gustavo Henrique e matou Hugo: 1 a 1.
O jogo ficou equilibrado, porque o Inter segurou o ímpeto e o Corinthians respirou até que em confusão na área gaúcha Memphis bateu desequilibrado por cima uma bola que caiu no jeito para Yuri finalizar, atrás do holandês.
O final dos primeiros 45 minutos foi até mais alvinegro que colorado, inteligentemente à espera de que a ansiedade corintiana permitisse um contra-ataque matador.
Mas foi Yuri Alberto quem teve a oportunidade ao bater na trave de Rochet aos 45, em belo arremate, embora Memphis estivesse livre para receber a bola e fazer o gol.
Não apenas pelos gols, Yuri, ex-Inter, e o argentino Bernabéi, foram os nomes do primeiro tempo.
Nem bem começou o segundo tempo e Memphis fez outro lançamento sensacional para Yuri botar o Corinthians outra vez na frente, mas em milimétrico impedimento, daqueles que contrariam o espírito da lei, mas que, com o VAR, têm de ser marcados.
O Corinthians jogava melhor que o Inter, pressionava, buscava a vitória que o tiraria da Z4, embora corresse sempre o risco das estocadas gaúchas e do talento de seus jogadores.
Roger Machado, de fato, fez do Inter um time de respeito e olhe que hoje sem Borré, desfalque considerável.
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Quero receberDaí Thiago Maia abriu o braço, tocou na bola e o VAR chamou para marcar o pênalti para o Corinthians.
Aos 26 minutos, Yuri Alberto bateu e pôs o Corinthians outra vez na frente, 2 a 1, sem a menor chance para Rochet.
A noite era de Yuri, ao fazer valer em dobro a lei do ex.
Os gaúchos tinham de subir a montanha novamente, embora já sem a força do primeiro tempo.
O Inter fazia trocas e Charles entrava no lugar de Carrillo, aos 32.
Memphis permanecia em campo, surpreendentemente.
O alvinegro jogava como se fosse uma final e era assim mesmo que tinha de jogar, com a Fiel em transe.
Roger injetava sangue novo no Colorado em busca do nono jogo sem derrotas e sacou Valencia e Wesley, dois tormentos.
Aos 37, na linha fatal, o Inter evitou o 3 a 1 e Memphis deu lugar a Coronado, aos 39.
Hugo, o lateral, substituiu Bidu.
Aos 40, Rochet fez milagre em arremate de Garro na marca do pênalti.
Sim, o Corinthians merecia a vitória e por mais que 2 a 1, diante de quase 45 mil torcedores, satisfeitos com o desempenho que viam e, ainda mais, com o resultado renovador de esperanças.
Bidon saiu, Raniele entrou, aos 44. Félix Torres também entrou no lugar de Martínez, três zagueiros na veia.
Faltavam ainda oito minutos de acréscimos.
O Inter não desistia, é claro, do empate, que seria castigo cruel demais para a atuação alvinegra.
Mas aconteceu, aos 48, com Ricardo Mathias, de letra, e outro desvio em Gustavo Henrique, num raro ataque Colorado: 2 a 2.
O Inter permanece invicto há nove jogos e está no G6.
O Corinthians segue na Z4. O futebol é cruel.
Rochet ainda mandou a escanteio nova bola mandada por Yuri, o dono da noite que acabou triste.
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