Juca Kfouri

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Opinião

A CPI das Apostas consegue o bufão que faltava

Tomara que William Rogatto tenha as provas que ele diz ter em Portugal.

Porque, por enquanto, ele parece apenas fazer o papel de bufão que a caricata CPI das Apostas precisava em busca de alguma repercussão.

A primeira publicidade conseguiu em inglês. Sem provas.

A segunda vem em péssimo português e com ares de mitomania.

Diz Rogatto que já ganhou 300 milhões de reais com manipulação de resultados e rebaixou 42 clubes de norte a sul, de leste a oeste do Brasil.

Onde ele pôs tamanha dinheirama?

Por que resolveu se incriminar se sabe como seguir ganhando tanto dinheiro?

Por ora, o que se sabe, é que ele enganou a mulher do adoentado presidente de um clube pequeno em Brasília e o derrubou.

Repita-se: tomara que ele tenha provas, apresente nomes.

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Se não o fizer, só de árbitros da Série A brasileira, além dos da Fifa que ele diz corromper, terão mais que motivos, mas a obrigação de processá-lo.

Corrupção no futebol brasileiro existe há décadas e basta verificar os prontuários de Havelange/Teixeira/Marin/Nero, para ficar apenas entre ex-presidentes da CBD/CBF.

A diferença, ao menos por enquanto, é que não faltam provas sobre o quarteto, ao contrário do que se vê nas denúncias da dupla aparentemente leviana ouvida na CPI para causar.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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