Em jogo com belos lances, Galo bate no Grêmio
De um lado um time à brasileira com um treinador argentino.
Do outro um time à argentina com um treinador brasileiro.
Resultado: um belo jogo no Terreirão do Galo entre Atlético Mineiro e Grêmio.
Os gaúchos estavam melhor em campo, Edenilson havia causado uma senhora defesa de Matheus Mendes, logo aos 3 minutos, mas, aos 8, Hulk tirou Jemerson para dançar, para lá para cá, o zagueiro não aceitou a dança e jogou o cavalheiro no chão.
Como o salão estava dentro da área o pênalti foi marcado e o próprio Hulk tratou de fazer 1 a 0.
A torcida ainda comemorava quando Braithwaite ganhou no corpo de Battaglia, cavou sobre Matheus Mendes que defendeu parcialmente e, no rebote, sem deixar a bola cair no chão, o atacante estufou a rede mineira. Um golaço!
Só que o VAR chamou e a bola havia batido no braço do gremista e o gol não valeu.
O dinamarquês, de 33 anos, muito menos badalado, e muito mais barato que o holandês do Corinthians, por enquanto tem sido também muito mais útil ao Mosqueteiro dos pampas que Memphis aos paulistas.
Nem por isso o Grêmio desistiu e, jogando como se disputasse a Libertadores, se aproveitou da desatenção da defesa alvinegra, e empatou com Aravena, aos 24.
Aí o Galo fez valer o ataque que tem.
Aos 36, Paulinho deu para Hulk mandar uma bomba parcialmente defendida por Marchesin e o rebote nos pés de Scarpa explodiu na trave.
Dois minutos depois, a bola entrou.
Triangulação pelo meio fabulosa de Fausto Vera para Hulk, de Hulk para Deyverson e dele para o fundo da rede: 2 a 1.
O segundo tempo prometia.
O Galo, com 28 jogos, chegava ao nono lugar, apenas três pontos a menos que o rival Cruzeiro, com 29.
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Quero receberE o Grêmio completava a 29º partida e mantinha apenas seis pontos de vantagem sobre o Vitória, o primeiro dos últimos.
Logo aos seis minutos, Otávio acertou tirambaço na trave e Vera, livre, desperdiçou o rebote de primeira descalibrada.
O Grêmio não queria porque não queria perder.
Os dois times tinham tantos desfalques por suspensões, lesões e convocações para as datas Fifa que havia equilíbrio no quesito e era até surpreendente que tivessem jogadores no banco, como Diego Costa, por exemplo, que Renato Portaluppi pôs no jogo para enfrentar o ex-time, aos 20 minutos.
Pouco antes, Matheus Mendes evitou o empate em arremate de fora da área de Reinaldo.
Os gaúchos pareciam mais perto do empate que os mineiros de ampliar o placar.
Aos 31, outro ex-Galo, Pavón, foi para o jogo, no lugar de Jemerson, com Monsalve junto, no lugar de Cristaldo. Tudo ou nada.
Gabriel Milito respondeu com Mariano no lugar de Deyverson.
O brasileiro empilhava atacantes e o argentino reforçava a retaguarda, diante do segundo menor público da recente história do Terreirão, apenas 22 mil torcedores.
Sobrava espaço para o Galo atacar, mas quem pressionava era o Imortal.
O Galo suportou e venceu, em segundo tempo bem inferior ao primeiro e poderia ter terminado empatado.
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