Juca Kfouri

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Reportagem

Raphael Veiga bota o Palmeiras grudado no líder

Palmeiras e Juventude têm as mesmas cores, as mesmas origens italianas e, na década de 1990, dividiram a Parmalat como patrocinadora.

Até causaram zum-zum desagradável quando se enfrentaram à época, mas fizeram confrontos eticamente impecáveis.

Hoje, em Caxias do Sul, entraram em campo com objetivos opostos: os gaúchos para permanecer longe da zona do rebaixamento e os paulistas para ficar a apenas um ponto do líder Botafogo.

E com Estêvão titular.

O Juventude de verde e branco e o Palmeiras de verde e amarelo.

O Palmeiras sem dar a menor bola por estar fora de casa, na pressão desde o começo.

Até que, aos 21 minutos, Felipe Anderson viu Estêvão entrar em diagonal na área e cavar para ele, com um toque só, se livrar do zagueiro e do goleiro e fazer 1 a 0.

Décimo gol dele para ficar ao lado de Hulk e apenas a um de Pedro na artilharia do Brasileirão. Que joia!

Aos 24, Jadson mandou na trave de Weverton e no contra-ataque quase Estêvão ampliou não fosse a boa defesa de Mateus Claus.

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Mas dez minutos depois, Alan Rushel bateu escanteio pela direita e Danilo Boza empatou depois do desvio na primeira trave, para surpreender os visitantes que tinham o jogo sob controle.

Não tem vida fácil no Brasileirão.

Festa, também, em General Severiano.

Que durou pouco.

Logo depois de Felipe Anderson desperdiçar gol certo, Estêvão desceu pela direita ao receber de Flaco Lópes e passou para Raphael Veiga arrematar seco, no canto, 2 a 1, taco de bilhar, no Alfredo Jaconi.

Quer dizer, depois do susto, o Palmeiras retomou o comando do jogo ainda antes do intervalo.

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Só que tomou mais um susto no começo do segundo tempo, quando Ronaldo se aproveitou de confusão logo depois de nova cobrança de escanteio e empatou 2 a 2.

Imediatamente Richard Rios deu o 3 a 2 para Raphael Veiga, fulminante.

Bola aérea na área palmeirense, porém, era um deus nos acuda.

Murilo fazia falta e Gustavo Gómez e Vitor Reis não davam conta do recado.

De qualquer forma, o Palmeiras ficava a um ponto da liderança e o Juventude só a dois da Z4.

Haveria luta porque sobrava tempo, pois o 3 a 2 aconteceu aos 4 minutos.

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E como houve!

Richard Rios bateu falta, a bola desviou na barreira e traiu o goleiro, aos 17: 4 a 2.

Acabou, não é?

Coisa nenhuma.

Aos 20, Abel Ferreira pôs Zé Rafael e Mayke nos lugares de Moreno e Marcos Rocha.

No minuto seguinte, Edson Carioca deu uma caneta em Mayke e diminuiu: 3 a 4.

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O chamado placar bailarino, uma delícia para quem não esteja torcendo ou não seja o técnico de nenhum dos dois times.

Aos 34, Jadson teve de derrubar Estêvão duas vezes para impedir que ele acabasse dentro do gol e o assoprador de apito, mais o VAR, calaram ao não expulsar o defensor gaúcho.

Fabinho já estava no lugar de Rios e, aos 40, Naves e Vanderlan entraram nos lugares de Estêvão e Caio Paulista.

O Juventude não queria porque não queria perder e vivia porque peleava.

O Palmeiras não admitia a hipótese de sofrer o empate e, em contra-ataque armado por desvio no taco de Jean Carlos, Rapahel Veiga fez o seu triplete, o gol do 5 a 3 e não se fala mais nisso.

Se a defesa palmeirense preocupa, o ataque só dá alegrias.

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E Raphael Veiga reassumiu o comando da máquina.

Era mais previsível que o Palmeiras deixasse pontos em Caxias que o Botafogo no Maracanã.

Deu-se o inverso.

Segure o descansado Verdão.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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