Conselheiros do Corinthians desconfiam do presidente do Conselho
O grupo de 90 conselheiros do Corinthians, do Movimento Reconstrução, a favor do impeachment de Augusto Melo, publicou nota em que manifesta desconfiança sobre o comportamento de Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do clube, e revela as manobras do cartola com vistas a ser eventual sucessor do presidente alvinegro.
Abaixo, a nota na íntegra:
A forma como o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Jr., tem direcionado ataques ao CEO Fred Luz durante as últimas semanas provocou desconfiança entre os conselheiros corinthianos. Muitos veem as ações de Tuma como uma barganha com a gestão. O acordo consistiria na demissão de Luz - o que devolveria a Tuma e a seu grupo político (União dos Vitalícios) boa parte do poder junto à administração - em troca da criação de dificuldades para avançar com o impeachment.
Não teria sido por acaso que Tuma marcou a entrega do parecer da Comissão de Ética sobre o afastamento de Augusto para essa quarta-feira (23). Trata-se do último dia que a gestão tem para encerrar o contrato com a Alvarez & Marsal, empresa da qual Fred Luz é sócio, sem o pagamento de multa rescisória.
Contra os planos de Tuma pesam dois fatores principais:
1 - A opinião pública já entendeu que parte da resistência ao trabalho do CEO é o fato de ele ter tirado poder e prestígio de muita gente, sobretudo do diretor administrativo Marcelo Mariano, que, ao lado do ex-superintendente de Marketing, Sérgio Moura, e do próprio Augusto Melo, tem seu nome investigado pela Polícia e pelo Ministério Público por causa do, ainda, mal explicado contrato de patrocínio com a Vaidebet.
2 - Tuma manifestou-se de forma contundente contra a gestão de Augusto Melo durante as últimas semanas. Embora tenha aliviado o tom na última reunião do CD, de olho em eventual apoio da base política de Melo, mudar de lado novamente e passar a defender Augusto seria um constrangimento enorme até para os padrões da política alvinegra. E para alguém que sonha em ser presidente, como é o caso de Tuma, esse comportamento excessivamente oportunista não pegaria bem.
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