Juca Kfouri

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Reportagem

Vasco mira em cima e Cuiabá não sai de baixo

Está certo que de dois times como os do Vasco e do Cuiabá não se pode esperar muito.

Mas também não era para vê-los fazer tão pouco no primeiro tempo em São Januário.

O paupérrimo 0 a 0 valeu no intervalo o coro cruzmaltino: "Não é mole não, é obrigação ganhar no caldeirão".

Pode ser, mas dos 14 jogos feitos até então pelo Vasco como mandante o time só cumpriu com a tal obrigação sete vezes, com quatro empates e três derrotas.

Contra o Cuiabá, que como visitante ganhou três vezes, empatou três e perdeu oito, a chance de aumentar a produtitividade era dada como favas contadas que, no entanto, estava longe de se materializar.

Há momentos em que quem faz de cobrir futebol seu ofício acha que até merece salário insalubridade e era o caso do jogo em tela.

Mas sempre tem o segundo tempo e, como se viu ontem, muitas vezes é nele que tudo pode mudar.

E, de fato, mudou.

Mudou aos 7 minutos porque, enquanto reclamava de possível pênalti, Hugo Moura viu a bola sobrar no pé dele e a chutou para o fundo da rede: 1 a 0.

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O Vasco atingia seu objetivo de brigar por vaga, improvável, na Libertadores ou, probabilíssima, na Sula e o Cuiabá se afundava na Z4.

Não mudou a ponto de lembrar o que fez o Botafogo, mas como o Cuiabá abandonou a retranca, o jogo ficou aceitável.

E Jair voltou ao meio de campo vascaíno, aos 22 minutos, porque o Vasco dava mole e os mato-grossenses ameaçavam.

Não seria exagero dizer que o Vasco parecia pedir para sofrer o empate, tamanho seu recuo e permissão para o Cuiabá mandar no jogo.

A sorte carioca estava em que Deyverson não jogava mais no adversário, graças a um cartola insensível.

Aos 41 minutos entrou Payet para tentar segurar a bola porque o empate parecia iminente.

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E logo fez um brilhareco bem brilhante, com o perdão da contradição, para alegria da torcida.

O que não a alegrou foi o terceiro cartão de Vegetti, fora do jogo contra o Bahia, assim como Hugo Moura, e os sete minutos de acréscimos, que prenunciavam sofrimento.

O francês cada vez que pegava na bola fazia o diabo com a bola, porque nisso ele é muito bom.

Aos 51, escanteio para o Cuiabá e nada mais, embora por muito pouco um cuiabano não cabeceou.

Aliviada a massa cantava, certo de que rebaixamento nunca mais.

Contra o Corinthians, na Arena Pantanal, o Cuiabá jogará sua vida na Série A.

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Se não vencer, muito dificilmente sobreviverá.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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