Juca Kfouri

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Reportagem

O Brasileirão aos pés do Fogão

Sabe o que o Palmeiras fez com o Corinthians ontem em Itaquera no começo do Dérbi?

Pois o Botafogo fez com o Vasco hoje no Nilton Santos.

A diferença foi que aos 8 minutos Savarino bateu de primeira um cruzamento de Alex Telles e fez 1 a 0.

No primeiro minuto, por pouco, Adryelson não fizera o gol, em bola que passou entre as pernas dele.

Em seguida ele mesmo cabeceou de antes da marca do pênalti na trave vascaína.

E, aos 11, como se tivesse brincando na área cruzmaltina, Luiz Henrique fez outro golaço, ao se aproveitar de falha de Hugo Moura: 2 a 0.

Se o Vasco pudesse jogar a toalha como no boxe certamente faria e iria para São Januário curar as feridas.

Mas ficou em campo por honra da casa, até quase diminuiu logo depois de ter sofrido o segundo gol.

Dava o azar de pegar o Glorioso disposto a mostrar que 2023 está enterrado e que este time não tem nada a ver com aquele.

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Os palmeirenses esconjuravam não terem tido a mesma competência diante do Corinthians.

O Vasco, sabiamente, buscava diminuir o ritmo do clássico e jogava em 33 rotações, enquanto o Botafogo jogava em 78, comparação típica de quem é dos tempos dos long plays.

Vamos combinar que o campeonato que o Vasco disputa não é o mesmo do Botafogo, como também não é o do Corinthians.

Aos 30 minutos, Igor Jesus deu o drible da vaca em João Victor, depois de erro crasso de Puma, saiu na cara de Léo Jardim e desperdiçou um golaço ao bater rente à trave.

Jogo mais confortável para o Fogão, impossível, embora o botafoguense neurótico, uma redundância, rangesse os dentes com a perda de Jesus.

Aos 38, porém, ele se redimiu ao driblar João Victor e ser derrubado aparentemente na área.

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O pênalti foi marcado, o zagueiro poupado do segundo cartão amarelo, mas o VAR mostrou que a falta aconteceu fora da área.

Pênalti anulado, segundo cartão mostrado, e o Vasco com dez jogadores para o finzinho do primeiro tempo e o segundo inteiro.

Ao Vasco só restava tentar o modo contenção de dano.

E o líder, seis pontos adiante do vice-líder, poderia até descansar se assim decidisse.

Golearia o rival no chamado Clássico da Amizade?

O Botafogo punha duas rodadas de vantagem sobre o Palmeiras, ou seja, enquanto os paulistas têm seis rodadas pela frente, os cariocas podem dispensar duas.

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O segundo tempo virou jogo de gato e rato, para sorte do rato sem que o gato mostrasse apetite exagerado.

Luiz Henrique saiu meio machucado, Júnior Santos entrou, aos 22, e logo em seu primeiro lance, aos 25, recebeu de Marlon Freitas e cavou para fazer 3 a 0, em outro belíssimo gol.

Dá gosto ver o Botafogo, sem nenhuma dúvida o melhor time do Brasil, com o faca e o queijo na mão e com o título aos seus pés.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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