Juca Kfouri

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Opinião

Neymar e a volta do filho pródigo

A volta do filho pródigo é expressão que permite duas leituras verdadeiras, não excludentes.

A primeira diz respeito ao termo filho pródigo.

Filho pródigo é o esbanjador, o de vida desregrada, que gastou tudo que ganhou, no caso, por herança.

O filho pródigo da parábola fez exatamente isso: perdeu tudo e voltou para a casa paterna para não morrer de fome.

Não é a situação de Neymar, por óbvio.

Por mais desregrada que seja sua vida de atleta, ele segue bilionário.

Não confundir pródigo com prodigioso, papel que Neymar também já desempenhou.

O outro lado, o, digamos assim, positivo, é o de que o pai precisava tanto do filho esbanjador quanto o filho precisava do pai.

Neymar precisa do Santos para, talvez, voltar a ser jogador com condições de disputar a próxima Copa do Mundo em busca do título que lhe falta.

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E o Santos precisa dele, embora não possa pagá-lo à altura, como o filho que o conduza outra vez ao protagonismo.

Se Neymar estiver disposto a fazer como tantos ídolos argentinos que voltam para casa e encerram as carreiras nos clubes que os revelaram, a custo zero, eis aí um enredo que pode dar certo, ter final feliz.

Tomara!

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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