Neymar e a volta do filho pródigo
A volta do filho pródigo é expressão que permite duas leituras verdadeiras, não excludentes.
A primeira diz respeito ao termo filho pródigo.
Filho pródigo é o esbanjador, o de vida desregrada, que gastou tudo que ganhou, no caso, por herança.
O filho pródigo da parábola fez exatamente isso: perdeu tudo e voltou para a casa paterna para não morrer de fome.
Não é a situação de Neymar, por óbvio.
Por mais desregrada que seja sua vida de atleta, ele segue bilionário.
Não confundir pródigo com prodigioso, papel que Neymar também já desempenhou.
O outro lado, o, digamos assim, positivo, é o de que o pai precisava tanto do filho esbanjador quanto o filho precisava do pai.
Neymar precisa do Santos para, talvez, voltar a ser jogador com condições de disputar a próxima Copa do Mundo em busca do título que lhe falta.
E o Santos precisa dele, embora não possa pagá-lo à altura, como o filho que o conduza outra vez ao protagonismo.
Se Neymar estiver disposto a fazer como tantos ídolos argentinos que voltam para casa e encerram as carreiras nos clubes que os revelaram, a custo zero, eis aí um enredo que pode dar certo, ter final feliz.
Tomara!
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