A seleção canarinha virou tico-tico, a seleção do quase
A seleção canarinha virou seleção tico-tico.
Ou do quase.
Ameaça, envolve, faz que vai, e não vai.
De novo aconteceu assim na Fonte Nova à meia-boca porque o baiano que preside a CBF, Ednaldo Rodrigues, pensa que vive na Suíça e cobra ingressos para afastar o povão. Conseguiu.
Quem não conseguiu, mais uma vez, fazer o time jogar bem, foi Dorival Júnior.
O Uruguai não tinha muitas pretensões além de voltar para casa com o empate.
Tudo que a Seleção conseguiu foi uma cabeçada de Igor Jesus entre as traves, neutralizada por Rochet.
E por menos que ficasse com a bola, acabou até sendo mais perigoso que o Brasil em todo primeiro tempo, insosso, monótono, gelado e irritante, se é que é possível ser tudo isso ao mesmo tempo.
Escrevo às 22h45, ainda no intervalo.
Quer apostar que daqui a pouco entra Luiz Henrique e sai Savinho?
Por que já não começou assim?
Mas o time voltou o mesmo para o segundo e na base do quase, com finalizações rentes à trave até que, aos 9 minutos, Abner afastou mal bola fácil e Valverde teve liberdade para finalizar e fazer 1 a 0.
O que fez Dorival Júnior?
Sacou Abner e Igor Jesus e pôs Luiz Henrique e Martinelli, aos 12 minutos.
Tudo bem, perdi a aposta, mas pior que eu era a Seleção que perdia o jogo.
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OLHAR APURADO
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Quero receberSim, avisava o narrador, havia muito tempo pela frente.
Como houve muito atrás e jogado fora.
Mas a Seleção tem o Soberano Gerson que pegou de primeira, de três dedos, bola afastada pela zaga uruguaia, aos 16.
A torcida acordou e o time pareceu acender.
Até Vinícius Júnior começou a jogar, algo que não havia feito até então.
Aos 26, a pedidos, Estêvão entrou no lugar de Savinho.
Infelizmente, nem Luiz Henrique, nem Martinelli, mudaram o panorama do ataque e a defesa brasileira seguia, como aconteceu contra a Venezuela, concedia latifúndios para o Uruguai trabalhar, porque Bruno Guimarães ajuda pouco na marcação e André permanecia no banco.
O Brasil caía para o quinto lugar e na próxima rodada terá, em casa, Colômbia e, fora, Argentina, pela frente, duas seleções que lhe são superiores.
Com apenas dois pontos ganhos na rodada, a Seleção seguia em marcha de cágado.
Aos 40, Gerson e Bruno Guimarães saíram para André e Paquetá jogarem.
André deveria ser titular e Paquetá nem convocado deveria ser.
A primeira participação de Paquetá foi fazer falta forte e ser amarelado. Um çábio.
Senhoras e senhores, outro porre!
E boa noite.
Quero a Seleção de volta, mas está difícil.
Ednaldo Rodrigues parece o comandante do Titanic.
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