Botafogo fura o pé de tanto chutar em ponta de faca
O jogo no Horto com portões fechados, graças aos cretinos que fizeram o que fizeram no Terreirão do Galo, entre Atlético e Botafogo tinha todos os ingredientes do chamado jogo traiçoeiro.
Fosse no Terreirão, a despeito de o Botafogo estar jogando incomparavelmente melhor que o Galo, não haveria favorito.
Sem torcida, no bom gramado do Independência, o Glorioso entrou em campo como tal.
Ao anfitrião restava jogar para se fazer respeitar no Monumental de Núñez, quando as condições serão tão efervescentes como eram geladas no Horto.
Ao Botafogo pouco importava tratar o clássico como prévia da decisão da Libertadores. Tinha de ganhar para manter quatro pontos à frente do Palmeiras.
E foi se impondo paulatinamente, contra o alvinegro mineiro com Hulk no banco e Paulinho em campo, ao lado de Deyverson.
Almada ensaiava um recital e foi o primeiro a testar Everson, que tirou dez no teste.
No primeiro tempo se no lugar de John houvesse um poste daria no mesmo porque o Galo não existiu no ataque.
O líder incomodou a defesa mineira, mas muito menos que se esperava e deveria.
Aos 41 minutos Rubens tomou dois cartões amarelos seguidos por bater em Luiz Henrique e deixou o Galo com dez.
Seria difícil segurar o Botafogo no segundo.
Milito sacou Paulinho e pôs Igor Rabello para tentar resistir ao rival que começou ameaçador.
Chovia em BH e Luiz Henrique não parava. Mas o Botafogo insistia demais em alçar bolas na área.
Se 11 x 11 o Galo não agrediu, com um a menos só se defendia.
Arthur Jorge trocou Eduardo por Júnior Santos, aos 11, porque o gol era necessário.
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OLHAR APURADO
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Quero receberAli pelo 15º minuto os cariocas se cansaram de cruzar bolas na área e passaram a tentar entrar tocando, na base da habilidade individual.
Só aos 16 minutos Everson teve de trabalhar, e como! Cabeçada de Vitinho e grande defesa, em bola cavada por Marlon Freitas para Vitinho.
Jeffinho e Cuiabano também foram chamados, aos 20, para os lugares de Alex Telles e Vitinho.
Hulk no jogo, aos 24, Deyverson fora. E na primeira participação dele no ataque resultou na primeira chance de gol atleticana. Incrível, Hulk.
Fato é que de uns jogos para cá o Botafogo tem esbarrado em retrancas contra times na Z4 ou, no caso, com dez jogadores.
Tiquinho e Luiz Henrique foram embora, aos 32, e Igor Jesus e Matheus Martins chegaram.
A vantagem de quatro pontos sobre o Palmeiras caía para dois e para três em relação ao Fortaleza caso os cearenses vençam o Fluminense, na sexta-feira.
As quatro rodadas finais serão de matar.
Sabe dar murro em ponta de faca? O Botafogo deu chutes. E saiu com os pés ensanguentados.
Ao Galo o jogo valeu para se fazer respeitar.
Aos 40, na pequena área, Bastos não conseguiu tocar para a rede.
Bernard, o das pernas tristes, entrou no lugar de Otávio, aos 45.
John jogava de libero, no meio de campo.
Oito minutos de acréscimos, 24 finalizações contra duas era o resumo do clássico, dez escanteios contra um, 0 a 0 no placar.
Sim, o botafoguense tem motivo para se preocupar.
E, aos 52, burramente, Alexander Barbosa também foi expulso. 10 x 10 = 100 mais jogo