Pareceu fácil, ficou difícil e Timão engatou a quinta vitória seguida
Os titulares do Cruzeiros já têm se mostrado incapazes de impor o estilo de jogo pretendido por Fernando Diniz.
Não seriam os reservas que conseguiriam.
O que ficou claramente demonstrado nos 15 minutos iniciais do clássico, em Itaquera, quando o Corinthians fez 2 a 0 e ainda viu Zé Ivaldo salvar, na linha fatal, o que seria a abertura do placar por Matheuzinho, em rebote de finalização de Memphis, aos 4 minutos.
O holandês fez 1 a 0, aos 10, em tirambaço da entrada da área e Yuri Alberto ampliou, aos 15, ao aproveitar lançamento de André Ramalho.
No estádio lotado, e sob 30°, com um sol para cada um, a vida alvinegra estava tão fácil e a goleada tão desenhada que o alvinegro se acomodou e o time celeste cresceu.
A ponto de diminuir, aos 34, com Kaiki, ao arriscar de fora da área e a bola desviar em André Ramalho para enganar Hugo.
Cinco minutos depois Memphis teve a chance do terceiro gol, na pequena área e, aos 48, uma lambança entre Gustavo Henrique e Hugo quase resultou no empate, salvo por Ramalho.
Aquilo de sempre na vida corintiana: haveria sofrimento no segundo tempo ou a quinta vitória consecutiva alegraria o feriado, mais alvinegro do que nunca no Dia da Consciência Negra?
A etapa final já começou com má notícia para a Fiel porque Talles Magno entrou no lugar de Yuri, com contratura muscular.
E o Cruzeiro começou disposto a empatar, na pressão.
Aparentemente ao menos, haveria sofrimento.
Logo aos 7 minutos o Cruzeiro perdeu Mateus Vital, que não deixou saudades em Parque São Jorge, trocado pelo garoto Japa.
Aos 10, Bidon pôs Magno na cara de Anderson que fez milagre para evitar o 3 a 1.
O jogo seguia bom e indefinido.
Raniele e Bidon saíram, aos 14, substituídos por Alex Santana e Igor Coronado porque o desgaste físico era imenso.
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OLHAR APURADO
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Quero receberO Cruzeiro também fez duas trocas em seguida.
Aos 20 minutos, um raro sitênsio pairava em Itaquera.
Charles entrou no lugar de Carrillo.
Diniz fez suas últimas duas trocas aos 28, porque ninguém aguentava mais jogar com intensidade. Garotada em campo.
Aos 30 o clássico estava mais para marasmo que para emoção, quando houve parada para hidratação.
A sensação era a de que 22 jogadores, e mais de 46 mil torcedores, queriam que o jogo acabasse num barranco, sob 32º.
Exigir espetáculo dali para frente era simplesmente desumano, mesmo que sempre apareça um çábio para dizer que joga pelada numa boa.
Os corintianos, que torcerão pelo Cruzeiro, no sábado, contra o Racing na final da Copa Sul-Americana, para abrir mais vagas na pré-Libertadores, chegavam ao nono lugar, algo que parecia impossível quando o segundo turno começou.
Com 44 pontos, ao faltarem cinco jogos para terminar o Brasileirão, faltava também só um ponto para o número mágico que salva do rebaixamento.
Aos 45, Magno não conseguiu pegar o rebote de bola na trave desviada por Memphis para liquidar o jogo e o holandês tomou terceiro cartão amarelo e não enfrentará, em casa, o Vasco no domingo, jogo que vale possível vaga na Libertadores. Uma bobagem infantil dele ao voltar para dentro de campo em busca de atendimento médico. Pedro Raul o substituiu.
Para a Fiel, nesta quarta-feira, só resta comemorar o pentacampeonato das Brabas no Campeonato Paulista, às 15h30, contra o Palmeiras, no Brinco de Ouro da Princesa.
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