Em jogo doido, empate frustra Cruzeiro e Grêmio
Que jogo maluco disputaram Cruzeiro e Grêmio no Mineirão com pouca torcida, pouco mais de 20 mil torcedores , depois que os mineiros perderam a Copa Sul-americana.
Deve ter sido o jogo mais aberto do ano, lá e cá o tempo todo, danem-se as defesas, a ordem é atacar, atacar e atacar.
O que fez do clássico um espetáculo divertidíssimo para quem não torce por nenhum deles.
Quando o Cruzeiro mais pressionava, Braithwaite abriu o placar, de letra, aos 19 minutos, o que fez com que os anfitriões se mandassem mais à frente ainda até empatar, aos 41, num golaço de Matheus Pereira, ao pegar de primeira cavadinha espetacular de Gabriel Veron.
Era justo.
Por incrível que pareça, ninguém tirou o pé no segundo tempo, porque o empate não servia para ninguém, os mineiros em busca de vaga na pré-Libertadores e os gaúchos de se afastar da Z4.
E as oportunidades de gol se alternavam e sucediam.
Fernando Diniz botava a garotada para jogar e Renato Portaluppi ameaçava dar à luz, tão irritado ficava a cada vez que seu time não alcançava o que ele queria.
O jogo se aproximava do fim e o empate permanecia para frustração dos dois times.
O Cruzeiro ficava apenas um ponto acima de Corinthians e Bahia e o Grêmio só três pontos fora da Z4.
Diniz seguia com apenas uma vitória no Brasileirão e Renato não resistia à comparação com o que Roger Machado faz no Inter, os dois gigantes de Porto Alegre que sofreram com a calamidade da enchente.
Quem secava gostou do resultado.
Quem só queria se divertir, também se deu bem.
No fim, o Grêmio dava sinais de que se contentava com o empate e limitou-se à defesa.
O Cruzeiro, não. Queria vencer. Mas vencer é verbo que o time desaprendeu.
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Quero receberPlacar moral? 3 a 3.
Vaias tomaram conta do estádio.
"Time pipoqueiro" e "Diniz, vai tomar caju" eram as palavras gentis da torcida celeste.
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