Saber ganhar, saber perder: Abel Ferreira sabe?
Abel Ferreira não precisa de elogios ou de reconhecimentos.
A trajetória dele no Palmeiras fala por si só.
Trata-se de gajo curioso: quando ganha, maioria dos casos, costuma distribuir palavras pouco carinhosas aos entrevistadores, e quando perde, até mesmo ao admitir que o adversário foi melhor, acha desculpas esfarrapadas para justificar a derrota.
Que o Palmeiras começou o jogo bem e por pouco não abriu o placar é a pura verdade.
Reclamar do escanteio faz parte.
De fato, a impressão é mesmo a de que não aconteceu, embora não dê para jurar que a bola foi à linha de fundo sem raspar em Marcos Rocha.
Gregore reage tão indignado com a primeira decisão de tiro de meta, e as imagens são tão embaçadas, que garantir qualquer coisa é temerário.
O primeiro escanteio, de fato, claramente não houve.
Houve algo pior: pisão de Gustavo Gómez em Almada na entrada da área que deveria resultar em expulsão do paraguaio.
A bizarrice nas desculpas de Abel está ao argumentar que o próprio Gregore, autor do 1 a 0, confessou ter errado na jogada do gol.
Ora, e daí?
Erro maior não cometeu a defesa ao deixá-lo livre feito passarinho na área alviverde?
De resto, pareceu cortina de fumaça para poupar quem mais merece críticas e acabou como maior responsável pelos dois gols subsequentes: Marcos Rocha.
Escapou da crítica pública em nome da paz no vestiário?
OK, é assim mesmo.
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OLHAR APURADO
Uma curadoria diária com as opiniões dos colunistas do UOL sobre os principais assuntos do noticiário.
Quero receberPasse ao largo e limite-se a reconhecer que o Botafogo ganhou porque foi superior.
Mantenha o farol alto porque nada está perdido.
Os dois próximos jogos do Botafogo, Inter, no Beira-Rio, e São Paulo, no Nilton Santos, são muito mais difíceis que os do Palmeiras — o Cruzeiro, no Mineirão, e o Fluminense, na casa verde.
Em tempo: é preciso ser Asno com A maiúsculo para chamar Abel de burro.
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