Renato Gaúcho deve ser deixado às moscas
Como bem lembra o jornalista gaúcho Roberto Jardim, no fim da ditadura, mas ditadura ainda, fotógrafos que cobriam o Planalto resolveram boicotar a truculência do então presidente, general, também gaúcho, João Figueiredo.
"Numa determinada terça-feira de 1984, eles cruzaram os braços e deixaram suas máquinas no chão.
O único a empunhar sua máquina foi o retratista do Jornal do Brasil, J.França, que eternizou a imagem.
Corta para os anos 2019 a 2022, mesmo na democracia, a imprensa, infelizmente, jamais fez um ato sequer contra a truculência do então presidente contra repórteres e veículos.
Corta para 2024, um técnico de futebol pressionado pelos resultados resolve soltar os cachorros contra jornalistas esportivos que o criticam".
Por coincidência, mais um gaúcho, Renato Portaluppi, que não se limitou a soltar os cachorros, mas convocou os torcedores milicianos a intimidar os jornalistas, "que são conhecidos, têm filhos em escolas etc".
Não é possível conviver com ameaças desse tipo sem protestar, sem levantar e ir embora da sala de entrevistas, sem deixar que o covarde falastrão fique a falar para as paredes.
Ele se acha acima do bem e do mal, virou estátua no Grêmio e logo a verá transformada em sal.
Não suporta as comparações com Roger Machado, que pegou o Inter padecendo com os mesmos problemas causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul e o conduz em campanha magnífica.
É preciso deixar Renato Gaúcho falando só para as moscas que pairam sobre sua obra em 2024.
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