Juca Kfouri

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Reportagem

Dá gosto ver de novo o Flamengo jogar, mas o Inter discorda

Dois grandes ex-laterais esquerdos se encontraram no banco de reservas do Maracanã, como treinadores, de Flamengo e Inter.

O gaúcho Roger Machado sabia que o catarinense Filipe Luís mandaria o Flamengo para frente, propor o jogo desde o começo.

E preparou o Colorado para tentar surpreender com um pega-ratão assim que desse.

O Mengo fazia sofrer, por centímetros duas vezes não abriu o marcador, mas tomou um susto, aos 10 minutos, quando Bernabei bateu quase da marca de pênalti e Rossi defendeu.

O Flamengo seguiu muito mais perigoso, criando e desperdiçando boas chances.

Botafoguenses desejavam a vitória carioca, para desestimular os colorados com vistas ao jogo da quarta-feira, no Beira-Rio.

E esfregaram as mãos quando, aos 28, Léo Ortiz cabeceou escanteio para o fundo da rede: 1 a 0.

Os palmeirenses é que não gostaram, porque matava a possibilidade gaúcha de disputar o título.

E o rubro-negro tomava o terceiro lugar do rival.

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Inegável o otimismo do flamenguista em relação a 2025.

Se com tantas ausências importantes o time está jogando o que está jogando, imagine no ano que vem.

Antes do fim do primeiro tempo, Michael ampliou, depois de bola no travessão em cabeceio de Plata que Bruno Henrique não conseguiu aproveitar o rebote: 2 a 0, aos 36.

O gozado foi ver o equatoriano lamentar o gol perdido por ele em vez de comemorar o do companheiro.

Era hora de o Inter sair de seus cuidados, mas Michael não deu tempo nem de pensar e fez mais um antes do intervalo, aos 40, o 3 a 0, explicitando no marcador o amasso que impunha, em bola vinda de Wesley na linha do fundo.

Ao Inter caberia evitar a catástrofe no segundo tempo e lamentar que o jejum no Campeonato Brasileiro seguirá por mais um ano desde 1979, há nada menos de 45 anos.

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Em tese, mas muito em tese mesmo, só o Fortaleza ainda pode ameaçar Botafogo e Palmeiras, caso vença os três jogos que tem pela frente, hoje contra o Vitória, no Barradão, fora também contra o Atlético Goianiense e, no Castelão, contra o Inter. Além de ganhar os nove pontos, os dois líderes terão de tropeçar nos dois jogos que lhes faltam.

Mas o Inter é valente, não está morto quem peleia e Wesley marcou um golaço aos 10 minutos do segundo tempo, de fora de área, depois de bela trama do ataque.

Seis minutos depois, Ener Valencia fez mais um, de cabeça, em passe de Bernabei, para botar o Inter de novo no jogo e depois de demora absurda, o VAR confirmou.

Invicto há 16 jogos com 12 vitórias, desde agosto, manter a invencibilidade já era bom motivo para seguir lutando.

O segundo tempo flamenguista tinha pouco a ver com o primeiro, mas dava para o gasto, embora, aos 44, quase tenha sofrido o empate dos pés do zagueiro Rogel.

Primeiro tempo nota 9, segundo nota 5, o Flamengo anima com seu 7.

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O Inter fez primeiro tempo nota 4 e segundo nota 8. Com o 6 perdeu a invencibilidade e a improvável possibilidade de lutar pelo título.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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