PM, a sigla de Polícia Mortífera
O episódio do homem branco jogado da ponte por policiais militares de São Paulo deveria ser suficiente para imediata demissão do secretário da Segurança e, quiçá, para a Assembleia Legislativa determinar o impeachment do governador que já disse "tô nem aí" para a denúncia de entidades, à ONU, sobre a violência de seus comandados.
Some-se ao episódio, outro, de jovem negro, e desarmado, baleado pelas costas por PM.
Quando no Brasil se fala da desmilitarização da polícia orientada para a guerra e não para a proteção de quem paga seu salário, herança maldita da ditadura fruto do Golpe de 1964, sempre surgem vozes insensíveis que a tratam como se fosse medida para proteger criminosos.
Não se protege a sociedade de criminosos ao armar e fardar outros criminosos.
Abrir inquéritos e prometer punições rigorosas têm sido o discurso das autoridades responsáveis por tais atrocidades há décadas.
Naturalizar a violência monstruosa cometida por policiais sem que a sociedade se indigne é o caminho mais curto para a barbárie.
Que estes episódios inqualificáveis sejam um marco para novos tempos.
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