Juca Kfouri

Juca Kfouri

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Opinião

Timão deve ter vida menos difícil que o Bahia na Libertadores

POR ALMIR MOURA*

Após o sorteio da fase preliminar da Libertadores, uma "lamentável" constatação:

Não teremos acarajé em La Bombonera.

Tampouco, o Bando de Loucos, no famoso estádio do Boca Juniors.

Para tristeza e desapontamento dos secadores de plantão, toda feitiçaria lançada e mandinga dos adversários deram com os burros n'água.

Isto porque, para os brasileiros envolvidos, há mais a comemorar do que a lamentar, descontados os riscos de sempre que o futebol apresenta.

Começando pelo Bahia, que se "deu bem", em parte.

Ou "bem" entre aspas, digamos.

O time baiano comemora por não ter ficado na chave dos mais temidos desta fase: Corinthians ou Boca.

Continua após a publicidade

O Tricolor de Aço pode celebrar também o emparceiramento. Já que, uma vez avançando, numa eventual terceira fase, enfrentará o chileno Nublense ou o uruguaio Boston River. Em tese, tranquilos.

Porém, Ceni não curtiu o adversário do Bahia no primeiro play off da Libertadores.

Isto porque, o tricolor da Boa Terra terá o ensaboado The Strongest pela frente, na fase 2. E sobretudo, a altitude de quase 4000 metros acima do nível do mar.

E para piorar, caso seja eliminado precocemente, o Bahia ficará de fora, até mesmo da Sul-americana.

Uma vez que, apenas os quatro derrotados da fase 3 da pré-Libertadores é que seguirão para a Sul-americana 2025.

Em algum lugar do mundo, Rogério Ceni esbraveja, faz cara de poucos amigos, pausa as férias, e já começa a estudar o time boliviano.

Continua após a publicidade

Já Ramón Díaz pode seguir descansando bonançoso e despreocupado em alguma praia paradisíaca do planeta.

Uma vez que, do sorteio, Díaz não tem nada a reclamar!

O Corinthians enfrentará o desconhecido e estreante Universidad Central da Venezuela, na fase 2.

Primeiro jogo fora, segundo em Itaquera. Entre 19 e 26 de fevereiro do próximo ano.

Adversário dos mais tranquilos, duelo quase que protocolar. O Timão deve avançar sem sustos.

A se queixar, apenas da logística de viagem.

Continua após a publicidade

Na fase seguinte, a 3, com o emparceiramento, o Time de Parque São Jorge pode bater de frente com o Barcelona do Equador.

Ou com algum time boliviano. Provavelmente, o Blooming, de Santa Cruz de la Sierra, sem altitude.

Nada que possa pôr medo ou causar insônia em Memphis Depay e seus companheiros.

Convenhamos!

*Almir Moura é baiano de Rodelas, pai de Juan e Mari, progressista, são-paulino e professor.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.