Juca Kfouri

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Reportagem

Ponte não resiste ao aguaceiro e a Talles Magno

Um absurdo!

Jogo não houve e nem poderia haver entre Ponte Preta e Corinthians no charco do Moisés Lucarelli onde a drenagem é tão ausente como a decisão de se manter a partida impossível de ser disputada.

Submeter jogadores profissionais a tal suplício é digno da falta de cabeça dos que a usam apenas para portar cartolas.

Tivesse coragem e o Corinthians entregaria os pontos por WO e voltava para casa em vez de submeter seus jogadores a tamanho descalabro.

Fosse na várzea ou na praia tudo bem, é divertido para quem joga e para quem vê.

Entre profissionais é inaceitável.

Para quem já está com as pernas pesadas pelos treinamentos em começo de temporada, imagine com o gramado encharcado e impraticável.

Atrasar bola para o goleiro? Nem pensar?

Fazer lançamentos longos? Impossível.

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Gols só por acaso, ou em cobrança de faltas.

Enfim, seria covardia comentar algo que não houve.

Aí, lances ríspidos são inevitáveis e a chuva de cartões concorre com a natureza.

Começou logo no 15º minuto.

Aos 23 a Ponte teve de fazer a primeira troca por lesão muscular.

O Corinthians prevaleceu no primeiro tempo e só não fez gol porque o goleiro Diogo Silva estava em noite encantada com três grandes defesas, em dois chutes de Yuri e outro de Martínez.

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Chances mesmo a Ponte criou uma, mas Félix Torres salvou com Hugo já batido em arremate de Arthur.

No intervalo, Talles Magno disse tudo: "É inadmissível a gente ter de jogar assim. Não há o que fazer".

Ele, por sinal, nos acréscimos, cabeceou bola rente à trave.

O leve Coronado foi trocado por Charles, mais forte, no intervalo.

Já fazia uma hora que não chovia e nem por isso o meio de campo, área de construção de jogo, deixou de estar empoçada.

Achar um gol era o desafio no charco.

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Memphis a tudo via do banco — e alguém teria coragem de botar para jogar alguém que ganha três milhões por mês?

A noite ensopada do goleiro Diogo permanecia encantada e ele evitou gol de Romero, além de ver Charles carimbar seu travessão.

No seco, ou no molhado, quem não faz toma e este passava a ser o risco corrido pelos corintianos.

Mas quem tomou foi mesmo a Ponte.

Talles Magno recebeu na meia-lua, driblou uma poça enorme e mais dois zagueiros ao receber de Romero e fez 1 a 0, aos 68 minutos.

Era justíssimo.

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Alex Santana e Palacios entraram para reforçar a defesa e Talles Magno e Hugo saíram.

Aos 80, Martínez foi expulso e deixou o Corinthians com dez.

Poupada da tempestade no Morumbi domingo passado e hoje em Campinas pela lei da torcida única, a Fiel sofreria pelo rádio ou pela TV.

Ryan e Héctor Hernandéz ainda entraram, aos 87, nos lugares de Yuri Alberto e Romero.

Aos 94, Hugo fez boa defesa, aos 98 a trave o salvou e o Corinthians resistiu até os 99.

De tudo, a única conclusão mais importante é a de que o Corinthians não sentiu a derrota no Majestoso.

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Resta saber quanto custará fisicamente o esforço em campo vergonhoso.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

12 comentários

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Jose Antonio Correa Francisco

Realmente, Juca. O campo até que suportou o dilúvio, mas foi um risco enorme para a integridade dos atletas. O jogo deveria ser adiado.

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Edenir Casemiro

Enquanto ninguém quebrar a perna, o jogo continua.

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Incrivel SP

Juca, escelente comentarista de futebol e pessimo, horrorosl comentarista politico! Fica ns sua praia, nao inventa!

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