Flamengo e Inter campeões confirmam o favoritismo
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Curiosamente o Fla-Fla começou disputado em clima de Gre-Nal e o Gre-Nal em clima de Fla-Flu.
No Maracanã apinhado, Thiago Silva foi amarelado aos 2 minutos e Dom Arrascaeta aos 5.
Em 20 minutos, dez faltas, cinco para cada lado.
E predomínio do Flamengo que jogava por empate.
No Beira-Rio não menos lotado, o clássico era disputado á carioca, mas também com domínio do time que nem precisava vencer para ser campeão, o Inter.
Aos 24 minutos, no Fla-Flu, Fábio tentou driblar Plata, perdeu a bola e salvou em seguida o 1 a 0 rubro-negro.
Aos 32, Dom Arrascaeta pôs Luiz Araújo para cavar sobre Fábio e a bola saiu rente à trave.
O Colorado empilhava oportunidades no Gre-Nal.
Bem ao estilo Mano Menezes, o Fluminense jogava por uma bola e o Flamengo, à moda Filipe Luís, jogava por todas.
Como o Inter mais insinuava que machucava, o Grêmio começou a botar suas manguinhas de fora e a ficar mais com a bola.
Quando os primeiros tempos terminaram, sem gols, também porque no último minuto Tiago Volpi evitou o gol colorado em cabeceio de Vitor Gabriel, o Flamengo e o Inter eram os campeões.
No Maracanã 24 faltas, 12 para cada lado e cinco cartões amarelos, 3 a 2 para o Flu.
No Beira-Rio, 19 faltas, sete coloradas, 12 tricolores e apenas um cartão amarelo, para o Grêmio.
Os tricolores não levaram perigo ao gol nenhuma vez, nem no Rio de Janeiro nem no Rio Grande do Sul.
Os rubros-negros tiveram duas chances claríssimas e os colorados outras duas.
Começaram os segundos tempos no mesmo ritmo.
E, aos 10, Enner Valencia bateu falta do meio da rua para fazer um golaço: 3 a 0 no placar agregado e acabar de vez com o sonho do octa gremista.
Seis minutos depois o Grêmio empatou com Wagner Leonardo de cabeça, mas em posição ajustada. E demorou mais de seis minutos para o VAR decidir, sete para ser exato: 1 a 1.
No Rio, como o Flu não ameaçava mesmo, o Fla passou a cozinhar o clássico, para não correr riscos, não dar sopa para o azar, uma bola vadia.
Mano Menezes é gaúcho, brizolista, adepto do pega-ratão e, depois dos 30 minutos, o Tricolor ameaçou pressionar.
Mas mais preocupado que Filipe Luís ficou Dorival Júnior ao ver Gerson sentir fisgada e sair da decisão, aos 40.
Porque Juninho que entrou no lugar dele, logo pegou a bola e deu para Plata fazer o 1 a 0 que o Flamengo mereceu, em chute seco, de dentro da área.
O Flu reclamou de falta de Juninho em Ignacio, o VAR chamou e o assoprador anulou o lance que, na verdade, teve enrosco normal.
Na sequência, Keno, quase fez o gol que Rossi, aos 45, soube evitar para não ter pênaltis.
E, aos 46, enfim, Michael, que veio do banco, recebeu de Juninho na linha de fundo, para fazer o gol merecido, mas, de novo, anulado, porque Juninho estava impedido. Desta vez tudo certo.
O fim de jogo foi de matar no Rio e virou várzea em Porto Alegre, porque com quatro bolas no gramado, algo injustificável, e tempo fechando entre os jogadores, com cartões vermelhos para Aguirre e Dodi, um de cada lado do vexame.