Juca Kfouri

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Reportagem

Corinthians enfia 3 a 0 no Vasco e dá limpada na barra

Corinthians e Vasco pisaram o gramado de Itaquera na primeira tarde fria de São Paulo em 2025 para disputar o 128º clássico entre os dois.

Clássico que tem pelo menos três jogos inesquecíveis, dois para os corintianos, um para os vascaínos.

Para os alvinegros em 2000 quando o Corinthians ganhou o primeiro Mundial FIFA e em 2012, pelas quartas de final da Libertadores com a célebre defesa de Cássio.

Já os cruzmaltinos jamais esquecerão o embate que marcou a volta de Roberto Dinamite ao Maracanã com a camisa do clube, depois de breve passagem pelo Barcelona, na goleada por 5 a 2 com os cinco gols do goleador em 1980, pelo Brasileirão.

Antes de o clássico começar eram 55 vitórias paulistas e 36 cariocas, mesmo número de empates.

Do lado dos visitantes três ex-corintianos, o treinador Fábio Carille, o zagueiro-central João Victor e o lateral-esquerdo Lucas Piton.

No banco anfitrião, Talles Magno, revelado pelo Vasco.

Logo aos 12 minutos Carrillo cruzou pela direita, Memphis passou com o peito para Yuri Alberto e o centroavante fez belo gol: 1 a 0.

O comentarista Vanderlei Luxemburgo elogiou o passe de Payet, sim, de Payet, confusão entre o holandês e o francês.

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Não demorou muito e Yuri Alberto desceu pela direita, cortou para o meio e deu na medida para Memphis fazer o 2 a 0, diante da fragilidade de um Vasco preocupante, sem os poupados Coutinho e Vegetti, aos 26.

Igor Coronado estava em campo e revelava falta de força a cada dividida, além de errar lançamentos.

Aos 40, Piton pisou o tornozelo de Memphis na meia-lua e o assoprador de apito nada apitou. Precisa de óculos.

A defesa vascaína era envolvida com extrema facilidade pelo ataque, a ponto de os corintianos perderem o foco e abusarem de preciosismos.

E o Vasco batia o que podia. Feio, muito feio.

Parecia claro que sentia o cansaço da ida a Arequipa, no Peru, de onde voltou com empate por 3 a 3 contra o Melgar, depois de estar com 3 a 1 a favor.

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O que ensinava ser possível reagir em São Paulo, restava saber se com Vegetti e Coutinho no segundo tempo.

O Corinthians abafava a decepção da Fiel pela derrota imposta pelo Huracán, também pela Sula.

No intervalo, Luxemburgo chamou Vegetti (1,87m) de 'grandão' por não lembrar do nome do argentino e, lembrado por Galvão Bueno, passou a chamá-lo de Ferretti — que também era grande, 1,90m, mas jogou nos décadas de 1960/70 e morreu cedo, aos 62 anos, em 2011. Jogou no Vasco, por empréstimo, mas brilhou mesmo no Botafogo.

Carrillo sentiu cansaço, Martínez o substituiu para o segundo tempo e levou cartão amarelo logo aos 2 minutos. Uma beleza!

O Vasco voltou igual.

O jogo nem tanto, pois o Vasco mostrava mais agressividade com a bola, embora sem levar perigo.

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Matheus Bidu, tabelou com Memphis, chutou, a bola desviou em Lucas Freitas e matou o goleiro Leo Jardim. Mas o 3 a 0 foi anulado por falta do lateral em Puma Rodríguez, aos 12.

Em seguida Vegetti e Hugo Moura substituíram Tchê Tchê e Jair.

O clássico não era bom.

Aos 24, um escanteio mal dado ao Vasco quase resultou em gol de cabeça de João Victor.

Seria a lei do ex associada ao péssimo árbitro que, para não parece caseiro, prejudicava os donos da casa pela segunda vez.

Aos 30, Romero no lugar de Coronado e Maycon no de Raniele.

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Nuno Moreira e Adson, outro ex-corintiano, nos lugares de Ryan e Loide.

Três minutos, em jogada iniciada com chapéu de Yuri, Matheus Bidu deu para Memphis girar em cima de Piton e faz belíssimo gol.

O VAR que procura pelo em ovo chamou o assoprador para ver impedimento e o gol foi anulado.

Ramón Díaz perdeu a compostura e mostrou o dedo para o assoprador que o expulsou.

Mais de 43 mil torcedores ficavam frustrados pela segunda vez, mas completavam 32 jogos com presença excepcional em Itaquera. E, viva!, sem sinalizadores e rojões.

Já que comemorar gols era inútil, a torcida começou a se divertir com olé.

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Héctor Hérnandez substituiu Yuri para jogar oito minutos de acréscimos.

E, aos 46, em rebote de Leo Jardim de arremate de Memphis, a bola bateu na cabeça de João Victor e entrou. VALEU!!!

Lei do ex ao contrário.

O placar era justo, justíssimo.

Vegetti ainda cabeceou no travessão, aos 51.

O Vasco terá a justificativa do time alternativo e o Corinthians reencontrou a paz.

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No Castelão, o Ceará bateu o Grêmio por 2 a 0, primeiro gol sabe de quem?

Do emprestado Pedro Raul. Mais um. Vá entender.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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